Artur Luiz Andrade   |   15/12/2016 13:13

Cevec vê problema de comunicação da Anac

Das 22 medidas que a Anac propõe mudar no contrato dos passageiros com as companhias aéreas, a possibilidade de cobrança pelo despacho de bagagem é a que mais tem causado polêmica e na última reunião do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporat


Emerson Souza
Das 22 medidas que a Anac propõe mudar no contrato dos passageiros com as companhias aéreas, a possibilidade de cobrança pelo despacho de bagagem é a que mais tem causado polêmica e na última reunião do Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec) do ano, realizada esta manhã, na Fecomercio-SP, não foi diferente. A presidente do Cevec, Viviânne Martins, fez um balanço positivo do ano no conselho, das reuniões com autoridades à participação nas sugestões de mudança na Lei Geral do Turismo, e a ideia é que o grupo se engaje cada vez mais em estatísticas e inteligência de mercado para toda a indústria.

Na questão das mudanças propostas pela Anac (e vetadas pelo Senado, por ora), os conselheiros acham que houve erro de divulgação, além de um foco grande na questão das bagagens. Alguns conselheiros ficaram em dúvida sobre se haverá diminuição de tarifa para quem não despacha bagagem e os representantes da ABIH, Dilson Fonseca, e Abracorp, Gervásio Tanabe, sugeriram, por exemplo, que haja um desconto para quem não vai usar o serviço de despacho. A Abracorp está preparando um posicionamento sobre o tema e sobre a economia compartilhada ainda para esta semana.

Para a maioria, o maior impacto da questão da bagagem será nas viagens de Lazer, já que os executivos, que já pagam uma tarifa aérea maior por uma série de motivos (de horários mais concorridos à falta de compra antecipada), viajam geralmente com bagagem de mão. Para esse nicho (de viajantes a negócios), a franquia maior de bagagem de mão será benéfica. A representante da Braztoa, Monica Samia, no entanto, acha que a Anac teve uma boa estratégia de divulgação, incluindo uma reunião com entidades um dia antes da divulgação das medidas.

Como dever de casa para o Cevec está uma aproximação com o comércio, para que o Turismo seja visto como um importante setor de consumo em lojas, shoppings e restaurantes, e ainda um contato mais próximo com a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur).

A questão mais polêmica para os próximos dias, além do desenrolar da queda de braço entre Anac e o Congresso, será em relação às mudanças que a indústria quer na Lei Geral do Turismo. A maioria dos pedidos das entidades ainda não foi acatada pelo Ministério do Turismo, que pediu que as associações mandem novamente suas sugestões, em novo formato, até 6 de janeiro. Há preocupação no ar.

Confira mais fotos da reunião abaixo.

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