Artur Luiz Andrade   |   09/06/2016 08:47

TMCs vendem apenas 20% da hospedagem no mundo

Com 65 milhões de noites de hotel vendidas em 2015, a Travelport já é o quarto maior distribuidor de hotéis do mundo (atrás de players como Priceline e Expedia). O recente acordo assinado com a HRS aumentou a oferta da plataforma de hotéis da Travelport em


Artur Luiz Andrade
David Zimmer, da Travelport

MIAMI - Com 65 milhões de noites de hotel vendidas em 2015, a Travelport já é o quarto maior distribuidor de hotéis do mundo (atrás de players como Priceline e Expedia). O recente acordo assinado com a HRS aumentou a oferta da plataforma de hotéis da Travelport em cerca de 70%, em 11 mercados-chave da HRS, como China, Alemanha, Áustria e Japão, chegando a 150 mil propriedades de redes com conexão direta. Além disso, a Travelport tem integração com OTAs como Booking e Expedia e também com milhares de hotéis independentes, outras especialidade da HRS.

Segundo David Zimmer, chefe global de Produtos de Hospitalidade da Travelport, que fez apresentação na Convenção de Clientes, em Miami, na Flórida, no primeiro trimestre deste ano as vendas de hotéis, aluguel de carro e mídia digital (ou seja, o que não é segmentação aérea), chegaram a mais de 20% da receita total, ou US$ 135 milhões. Um aumento de 23% em relação ao mesmo trimestre de 2015.

"Ao ter seu hotel em nossa plataforma, pequenas cadeias e hotéis independentes chegam a um número maior de clientes globalmente e esses clientes têm acesso a um portfólio maior. Atualmente, apenas 20% dos gastos com hospedagem no mundo vêm das TMCs. Isso mostra o quanto as agências ainda podem explorar esse segmento, hoje bastante fragmentado e nas mãos de OTAs, agregadores, da venda direta, entre outros canais", explicou ao Jornal PANROTAS.

Por lidar bastante com os viajantes corporativos, que precisam de necessidades e datas específicas, as tarifas da Travelport também agregam valor aos hotéis, pois chegam a ser 15% mais altas que na venda direta. E atendendo aos pedidos e requisições dos viajantes corporativos, que sabem que muitas vezes acabam pagando mais caro por uma reserva, pois não têm a flexibilidade de um viajante a lazer. A parceria com a HRS promete mudar um pouco isso, pois a empresa alemã oferece tarifas de 10% a 15% mais baratas, em negociações próprias, e nas cidades mais buscadas, há um aprofundamento dos contratos e os descontos podem chegar a mais de 20%, segundo a vice-presidente para as Américas, Suzanne Neufang, que também esteve em Miami.

No ano passado, a Travelport vendeu 95 milhões de diárias de carro e a empresa é o motor por trás de mais de 60% das reservas de automóvel nos Estados Unidos. No Brasil, a CVC é a maior cliente e usa a ferramenta de carro da Travelport.

Zimmer destacou em sua apresentação, que a discriminação de preços é uma das exigências do que chamou de prosumer, o consumidor corporativo, que também viaja a lazer e está sempre antenado com as tendências e processos do mercado. Outras características do prosumer é que ele gosta de recomendações e relacionamento, quer ter opções, é leal, quer relevância e veste várias camisas. Ou seja, o viajante corporativo apressado e exigente de hoje pode, uma semana depois, virar o pai econômico e relaxado em férias com a família.

Artur Luiz Andrade
Quem é o prosumer, segundo David Zimmer




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