Da Redação   |   07/04/2017 11:31

EUA lançam 59 mísseis contra base Síria; Rússia repudia

Ataque foi ordenado pelo presidente norte-americano Donald Trump, em resposta ao uso de armas químicas pelo regime sírio, comandado por Assad; presidente russo repudia os ataques, que para ele foi "um golpe nas relações da Rússia com os EUA"

Flickr/Gage Skidmore
Donald Trump ordenou os ataques em resposta ao uso de armas químicas pela Síria
Donald Trump ordenou os ataques em resposta ao uso de armas químicas pela Síria

Forças militares dos Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (6) dezenas de mísseis de cruzeiro contra um aeroporto na Síria, o que representa o primeiro ataque direto americano contra o governo do presidente Bashar Al Assad desde que começou a guerra civil nesse país, informaram vários veículos de comunicação americanos. As informações são da agência de notícias EFE.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a ordem de ataque militar. Em pronunciamento, Trump afirmou que a ofensiva é uma resposta ao uso de armas químicas pelo governo do presidente Bashar Al Assad nessa terça-feira (4). Segundo o presidente, com o ataque químico, Assad “sufocou a vida de muitos homens, mulheres e crianças indefesas”. “Foi uma morte lenta e brutal para muitos”, acrescentou. Trump disse que o ataque foi feito contra a mesma base aérea de onde o governo de Bashar Al Assad lançou o ataque químico.

O presidente norte-americano disse que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter a proliferação do uso de armas químicas mortais. “Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança”, disse.

Trump também disse que "chama todas as nações civilizadas para se juntar aos Estados Unidos para colocar um fim ao massacre e ao derramamento de sangue na Síria e para colocar um fim ao terrorismo de todos os tipos”.

Nesta quarta (5), o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu para debater o ataque químico, porém, mais uma vez, a votação de uma resolução foi barrada por oposição da Rússia– o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução condenando o regime de Bashar Al Assad.

Na reunião dessa quarta-feira, a representante dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU “falha consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos Estados que nós somos levados a agir por conta própria”, o que já sinalizava para uma possível ação militar dos Estados Unidos.

RÚSSIA REPUDIA; FRANÇA E ALEMANHA APOIAM
Wikicommons/Remy Steinegger
Para o presidente russo Vladimir Putin, o ataque representa
Para o presidente russo Vladimir Putin, o ataque representa "um golpe nas relações da Rússia com os Estados Unidos"
Líderes mundiais repercutiram hoje o lançamento dos 59 mísseis contra a base militar do governo da Síria. A Rússia repudiou fortemente, enquanto França, Alemanha e Israel apoiaram o ataque.

Em comunicado, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o lançamento dos mísseis agrediu um Estado soberano e isso representa "um golpe nas relações da Rússia com os Estados Unidos". O Kremlin reforçou que os Estados Unidos terão consequências negativas porque violaram normas do direito internacional. O país já pediu pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

A França e Alemanha afirmaram, em comunicado conjunto, que o presidente sírio, Bashar Al Assad, tem plena responsabilidade pelos ataques dos Estados Unidos à base militar do governo sírio. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também apoiou. Outros países que apoiaram o ataque foram o Japão, a Turquia, o Reino Unido e a Arábia Saudita. A China e o Irã afirmaram que não apoiam a medida norte-americana.


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2oaiTn7

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