EUA e Europa esperam perdas imediatas com política americana
Membros da GBTA na Europa e nos Estados Unidos esperam impacto imediato, no curto e longo prazo depois que o presidente Donald Trump assinou uma lei que proíbe a entrada de visitantes de Iêmen, Irã, Iraque Líbia, Síria Somália e Sudão
A Global Business Travel Association (GBTA) prevê um cenário desfavorável para a indústria de viagens corporativas. A associação conduziu um questionário aos seus integrantes europeus sobre o impacto da ordem executiva do presidente Donald Trump de banir cidadãos de Iêmen, Irã, Iraque Líbia, Síria Somália e Sudão, de maioria muçulmana, de viajar aos Estados Unidos.
Um total de 49% dos entrevistados esperam que o banimento cause uma redução de viagens corporativas nos próximos três meses. Em um prazo curto, 46% acreditam em um choque negativo nos negócios. E, de um ano para frente, 33% aguardam um cenário ainda mais desalentador para o setor.
Outro dado preocupante diz respeito a diretrizes dentro de empresas para cancelar ou adiar a viagem de funcionários nascidos nos países incluídos na lei de Trump, de acordo com 38% dos respondentes. Ainda, 53% dos participantes afirmaram ter colaboradores em viagens ao Exterior que podem ser afetados pela polêmica medida.
Para a realização da pesquisa, a GBTA entrevistou via internet um total 68 de 454 compradores de viagens da Europa entre 2 e 3 de fevereiro. Uma taxa de 15 dos contatados respondeu ao questionário.
NA PRÓPRIA CASA
Na mesma semana, a entidade fez o mesmo questionamento aos seus associados dos Estados Unidos. Trinta e um por cento prevê uma piora nos resultados imediatamente, 29% compartilha o mesmo pensamento em até seis meses e 28% teme pelo pior a partir de junho deste ano para frente.
Para eles, as principais preocupações referentes a proibição de imigração nos viajantes são essas: incerteza sobre o green card e a credibilidade de aprovação do visto (55%), perseguição de viajantes dos Estados Unidos de e para o Oriente Médio (50%), perseguição em geral desses profissionais (50%). Lá, 338 membros foram convidados a participar da pesquisa, mas apenas 58% responderam positivamente, ou 17% do total.