EUA: Justiça barra parte de ordem de restrição a imigrantes
Decisão da Justiça se limita à liberação dos passageiros impedidos de entrar nos Estados Unidos
A Justiça dos Estados Unidos determinou, na noite de sábado (28), a permanência nos país de refugiados e imigrantes de sete países muçulmanos que seriam deportados. O motivo era a ordem executiva do presidente Donald Trump que barrava a entrada de cidadãos de Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão.
No dia do anúncio de Trump, na sexta-feira (27), entre 100 e 200 pessoas no perfil atingido pela medida do presidente voavam para os Estados Unidos ou se encontravam em solo estadunidense. Elas foram detidas e aguardavam ser deportadas, apesar de terem visto para entrar no país, como o Green Card, o qual permite o ingresso para trabalhar legalmente.
A suspensão foi decidida pela juíza Ann Donnelly, da corte distrital de Brooklyn (Nova York) e vai contra o veto aplicado por Trump à entrada de imigrantes e refugiados, principalmente de países com população de maioria muçulmana.
No entanto, a decisão da corte se limita a autorizar que as pessoas atualmente detidas em aeroportos sejam liberadas. Instâncias superiores da Justiça americana ainda vão examinar queixas de advogados e instituições de direitos humanos contra o mérito da ordem executiva do presidente norte-americano.
Em resposta ao protesto, uma multidão se formou no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, para dar apoio aos refugiados e imigrantes. Os manifestantes levaram cartazes e expressaram palavras contra o presidente-magnata à tarde e à noite.
AÉREAS RESPONDEM
Com o decreto de Trump, companhias aéreas de todo o mundo se negaram a embarcar passageiros muçulmanos. De acordo com a AFP, a Air France deixou de transportar 15 viajantes que viajariam para os Estados Unidos.
Segundo um porta-voz da empresa, os clientes rejeitados são dos sete países apontados por Trump na decisão. “Nós cuidamos deles, ninguém ficou bloqueado em Paris. Fizemos o necessário para que voltassem ao ponto de origem”, disse.
A KLM, integrante da aliança com a aérea francesa, devolveu dois passageiros do Oriente Médio que faziam conexão entre Holanda e Estados Unidos, informou a agência Efe.
Já no Egito – país que ficou de fora da “lista negra” de Trump, as transportadoras foram solicitadas a prevenir a entrada dos cidadãos dos sete países na imigração norte-americana. Segundo a Reuters, os detentores do Green Card embarcariam como titulares de passaportes diplomáticos ou oficiais de governo.
*Fonte: Agência Brasil