Renato Machado   |   29/09/2016 21:00

Hotéis e OTAs perderiam com "guerra", diz especialista

As grandes redes hoteleiras ainda não sabem lidar com o fator OTA no mercado de Turismo. Diante da presença maciça e cada vez mais abrangente das agências on-line, ainda é uma incógnita qual seria o resultado caso a hotelaria perdesse essa disputa. Em artigo

As grandes redes hoteleiras ainda não sabem lidar com o fator OTA no mercado de Turismo. E, diante da presença maciça e cada vez mais abrangente das agências on-line, ainda é uma incógnita qual seria o resultado caso a hotelaria perdesse essa disputa. Essa é a visão do consultor Robert Cole, da Rock Cheetah, expressada em artigo para a Tnooz.

A análise de Robert Cole é baseada em uma estimativa da Morgan Stanley Research, que ainda projetou as perdas percentuais de receita no caso dessa disputa acarretar uma guerra de preços – algo que seria extremamente negativo para esses atores do mercado – principalmente para as redes de hotel. Veja quais seriam os cenários:

SETORVITÓRIA DOS HOTÉISVITÓRIA DAS OTAsGUERRA DE PREÇOS
Marcas Hoteleiras+ 16%- 16%- 29%
Donos de Hotéis+ 3%- 3%- 31%
OTAs- 23%+ 27%- 13%

Para Cole, as OTAs têm mais em jogo: em caso de “derrota”, perde-se mais; em caso de “vitória”, o ganho é maior. Ele utiliza em sua análise a Teoria dos Jogos, um método de estudar cenários difíceis para julgar as possibilidades de ganhos para cada lado. “Com mais a se ganhar, ainda que muito a perder, por uma perspectiva de um acionista, as OTAs podem esperar pressão consideravelmente maior para vencer essa batalha”, afirma.

Com situação um pouco mais confortável, donos de hotéis não seriam significantemente impactados em caso de derrota. O mesmo não ocorreria com as marcas hoteleiras em si, que poderiam notar perdas mais críticas, porque perdem em escala maior. Como marcas e donos de hotéis adotam estratégias muitas vezes diferentes, elas não sofrem exatamente o mesmo efeito.

“Essa combinação de previsões sugere que as OTAs estariam não apenas altamente motivadas a vencer tal guerra, mas também estariam mais engajadas a entrar na guerra de preços”, finaliza.

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