Flytour Gapnet prevê mais emissões, mas receita cai

Primeiro braço do novo grupo a atuar com uma só marca após a fusão das companhias, a consolidadora Flytour Gapnet aposta em bons resultados para o primeiro ano de operação. Segundo o CEO da empresa, Emerson Camilo, a previsão da nova empresa é obter uma alta de 7% a 10% na emissão de bilhetes neste ano, na comparação com os resultados das duas companhias em 2015.

“A integração das plataformas vai facilitar a negociação. E ter vários produtos em um mesmo ambiente facilita a venda a nossos clientes” explicou Camilo ao Portal PANROTAS, citando a ferramenta Maisfly, que foi inaugurada nesta segunda (4). Ela reúne, no mesmo ambiente eletrônico, buscas, reservas e emissões de aéreo, hospedagem e assistência de viagens para os agentes de viagens, além de serviços de backoffice. “É uma ferramenta que nos permite ser mais atuante junto aos clientes, com um comportamento mais agressivo”, afirma, para justificar a aposta.


Isso não garante, entretanto, que haja uma alta semelhante na receita gerada por essas vendas. Números do relatório Smash, que contabiliza vendas de bilhetes aéreos internacionais e aos quais o Portal PANROTAS teve acesso, mostram uma queda de 42% nas vendas, em dólares, da Flytour Gapnet, de janeiro a maio deste ano, na comparação com igual período do ano passado. “Parte disso é compensada pela alta no nacional. Mas tivemos, sim, queda de receita, mesmo com o crescimento das emissões”, confirmou Camilo.

A estimativa da consolidadora Flytour Gapnet é terminar o ano com faturamento de R$ 2 bilhões, segundo o CEO.

EQUIPE INTEGRADA E NOVA SEDE
O lançamento do Maisfly marcou também a conclusão da integração entre as equipes da Flytour e Gapnet em uma só empresa. “Terminamos a fusão em São Paulo e, com isso, todas as praças foram integradas. Acabou sendo mais rápido do que esperávamos”, disse Camilo. São 25 praças de atendimento em todas as regiões do Brasil, algumas comandadas por profissionais em home-office.

Ficaram à frente da equipe quatro gerentes operacionais, atuando na matriz em São Paulo. São eles: Cleber Luciano, ex-Rextur Advance, Joni Oliveira, que já era da Flytour, e Emerson Castanho e Rafael Gusson, oriundos da Gapnet. Gusson, aliás, centralizará também a gerência das emissões da consolidadora.


Irá completar todo esse processo a mudança de boa parte do Grupo Flytour Gapnet, incluindo a consolidadora, para um novo prédio na Barra Funda. Com cinco mil metros quadrados de área e seis andares, o edifício receberá 890 profissionais da companhia, que irá abandonar o local atualmente usado no centro de São Paulo.

Mas, mesmo atuando em um mesmo ambiente, operadoras, agências e outros ramos de atuação do grupo Flytour Gapnet não deverão unir suas marcas como fez a consolidadora. Segundo Camilo, a previsão é que elas continuem atuando separadamente, com seus nomes de origem.