Janize Colaço   |   23/10/2017 09:02

FAA recomenda proibição mundial de notebooks nos voos

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos está tentando alertar a comunidade internacional de um potencial explosivo das baterias de notebooks.

Pixabay
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos está tentando alertar a comunidade internacional de um potencial explosivo das baterias de notebooks.
A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos está tentando alertar a comunidade internacional de um potencial explosivo das baterias de notebooks.

Mais uma vez, o uso de dispositivos eletrônicos em voos voltou a ser debatido nos Estados Unidos. Todavia, desta vez a Administração Federal de Aviação (FAA) está tentando alertar a comunidade internacional sobre um potencial explosivo das baterias de notebooks.

Segundo testes realizados pela entidade, a bateria de íon de lítio, usada nos computadores portáteis, podem sobreaquecer na proximidade de outros materiais, como uma lata de spray aerosol, por exemplo, e entrar em combustão. À Organização das Nações Unidas (ONU), a FAA destacou que o incidente é passível da perda total da aeronave, dependendo do quanto o incêndio pode se alastrar.

Foram realizados dez testes envolvendo notebooks totalmente carregados e embalados em malas. Um aquecedor foi colocado contra a bateria a fim de simular a “fuga térmica” — condição em que a temperatura da bateria aumenta continuamente.

Em um dos testes, uma lata de aerosol de aproximadamente 200 gramas de xampu seco, que é permitido ser despachado junto da bagagem de mão, foi colocada junto ao dispositivo. Houve uma explosão em aproximadamente 40 segundos, cujo fogo se espalhou rapidamente.

O teste ainda revelou que, devido à rápida progressão das chamas, os sistemas de supressão de incêndio do avião, bastante danificados, não conseguiram conter o fogo. Embora a explosão não seja forte o suficiente para danificar a aeronave de maneira estrutural, não haveria meios realmente eficazes para conter o fogo, caso ele se espalhasse.

Outros testes também foram realizados com outros produtos inflamáveis, e que têm autorização para serem transportados, como removedores de esmalte e álcool em gel, e embora não tenha havido explosões, pequenos incêndios foram registrados.

Por conta disso, a FAA emitiu um documento em que recomenda que os passageiros não sejam autorizados a embalar dispositivos eletrônicos de grande porte, a menos que tenham a aprovação da companhia aérea. A Organização da Aviação Civil (Icao), vinculada à ONU, estabelece padrões globais de segurança, embora os países membros possam ratificar algumas decisões.

A proposta já foi encaminhada para a próxima reunião da Icao, em Montreal, que terá como um dos temas debatidos justamente a presença de materiais perigosos nos voos. A FAA destaca que a recomendação não é à toa: apenas na última década, três aviões de carga explodiram, além de quatros pilotos também terem perdido a vida, por conta de incêndios provocados por materiais inflamáveis ou pelo superaquecimento de baterias de lítio.


*Fonte: Daily Mail

conteúdo original: http://dailym.ai/2zBy2S9

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