Leonardo Ramos   |   30/01/2017 17:11

Busca de voos para os EUA cai 15% após posse de Trump

Segundo dados liberados pelo buscador de passagens aéreas Cheapflights, a procura por passagens aéreas para os EUA caiu cerca de 15% desde Donald Trump assumiu a presidência do país, no último dia 20.


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Procura de passagens para EUA na Cheapflights cai 15% após posse de Trump
Procura de passagens para EUA na Cheapflights cai 15% após posse de Trump
Segundo estatística da ferramenta de busca de passagens aéreas Cheapflights, a procura por voos para os Estados Unidos caiu 15% na primeira semana de Donald Trump no governo do país. Um dos agravantes pode ter sido o “veto extremo” para entrada de estrangeiros, assinado pelo presidente na última semana, proibindo temporariamente a entrada de imigrantes de sete países de maioria muçulmana; a aprovação da construção de um muro na fronteira com o México também pode ter impactado.

“Desde que Trump assumiu o poder identificamos uma queda de 15% nas procuras por viagens para os Estados Unidos. Os dois anúncios sobre restrição de viagens para o país na última semana, além da cobertura feita pela mídia da reação do público aos anúncios, podem aumentar este número”, avaliou o diretor da Cheapflights, Andrew Shelton.

Os dados da empresa foram revelados no contexto da restrição de viagens aprovada por Trump na última semana (o visto americano foi proibido para Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria, Iêmen e Irã), acompanhando as manifestações que tomaram aeroportos norte-americanos contra o anúncio, como em Nova York, Miami, Los Angeles, Dallas e Minneapolis.

Um dos segmentos mais afetados pela decisão é o das companhias aéreas, que reclamaram do curto espaço de tempo para adequação às novas regras, sendo obrigadas a oferecer reembolsos de última hora para viajantes afetados. Uma delas é a Emirates, forçada a fazer mudanças de última hora também na tripulação de seus aviões, e emitiu um comunicado afirmando que fez os “ajustes necessários para se adequar às exigências mais recentes”.

Segundo o vice-diretor do Projeto de Direitos dos Imigrantes da União Americana de Liberdades Civis, Lee Gelernt, muitos que estavam em rota para os EUA já podem ter sofrido consequências devido à decisão do novo presidente, inclusive sendo detidos. "Simplesmente não sabemos quantas pessoas (nessa situação) existem e onde estão", afirmou Gelernt.


*Fonte: Travel Mole

conteúdo original: http://bit.ly/2kMhi2v

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