Renato Machado   |   30/01/2017 11:47

Canadá e Airbnb oferecem ajuda a barrados nos EUA

Onda de ações humanitárias surge após Donald Trump restringir entrada de estrangeiros nos EUA

Flickr/Cindy Chu
Protestos tomaram o aeroporto de Los Angeles. No cartaz, manifestante pede o banimento de Trump, não de muçulmanos (original https://flic.kr/p/RtWi6T)
Protestos tomaram o aeroporto de Los Angeles. No cartaz, manifestante pede o banimento de Trump, não de muçulmanos (original https://flic.kr/p/RtWi6T)
Três dias após Donald Trump assinar uma ação executiva suspendendo a entrada nos Estados Unidos de refugiados por 120 dias e fechando o cerco contra imigrantes ilegais, o mundo se movimenta para auxiliar aqueles que têm sua entrada negada em solo norte-americano. Vizinho e eterno parceiro comercial, o Canadá é um dos países que mais tem trabalhado em prol de soluções para os afetados.

O chamado foi da figura máxima da política canadense. Durante a tarde de sábado, o primeiro-ministro Justin Trudeau utilizou sua conta no Twitter para publicar a mensagem: “Àqueles fugindo da perseguição, do terror e da guerra, os Canadenses dão as boas-vindas a vocês, independentemente de sua fé. A diversidade é a nossa força #Bem-vindoAoCanadá”, ele afirmou.

Acolher refugiados é uma bandeira levantada pelo político desde quando assumiu o cargo, no final de 2015. De lá para cá o Canadá recebeu cerca de 40 mil estrangeiros em situação de risco – e planeja abrir as portas para outros 300 mil em 2017 (sejam refugiados de guerra ou imigrantes convencionais).

Sobre a recente mensagem, um porta-voz do governo afirmou que “o primeiro-ministro está ansioso para discutir com o presidente (Donald Trump) o sucesso das políticas canadenses para imigrantes e refugiados em sua próxima reunião”, relata o The New York Times.

Em coletiva de imprensa, o ministro de imigração do Canadá, Ahmed Hussen – que é um refugiado somali –, garantiu que aqueles que por ventura forem afetados pelo banimento no Canadá, “que eu utilizarei da minha autoridade como ministro para providenciar residência temporária aos que necessitarem, assim como já o fizemos no passado”.

Outra ação vinda do vizinho do norte foi uma carta aberta endereçada a Trump e assinada por mais de 200 executivos e fundadores de companhias de tecnologia. No texto, o movimento afirma que “as empresas de tecnologia do Canadá entendem o poder da inclusão e da diversidade de pensamento, e que talentos e habilidades não reconhecem fronteiras”.

AIRBNB
A plataforma de compartilhamento de residência, que em geral é utilizada para hospedagens turísticas, não tardou para mostrar que também tem seu lado humanitário. Um dia após a assinatura do documento pelo presidente norte-americano, o atual CEO da empresa, Brian Chesky, se posicionou, prometendo ajuda aos que não puderem embarcar para os Estados Unidos.

“O Airbnb está oferendo moradia de graça para refugiados e qualquer um que não tenha sua entrada permitida nos EUA. Fiquem ligados para mais informações, me contatem em casos de urgência”, publicou. Chesky seguiu, dizendo que “não aceitar países ou refugiados na América não está certo, e nós devemos dar suporte aos afetados”.


*Fonte: The New York Times

conteúdo original: http://nyti.ms/2kg4FQq

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