Artigo discute o revenue da hotelaria em tempo de coronavírus
Consultora de Gestão Hoteleira, Daniele Assis, escreveu um artigo sobre o atual momento da hotelaria.
HOTELARIA EM TEMPOS DE COVID-19: COMO SERÁ O "AMANHÃ"?
Em meio a grande expectativa do mercado hoteleiro nacional para a reação positiva nos resultados da hotelaria para 2020, hoteleiros e grandes redes vislumbrando melhores resultados que 2019, otimistas com os números do primeiro trimestre que vinham se confirmando até meados de Março, previsões também otimistas para o restante do no ano (próximos 3 trimestres), e eis que uma tal “epidemia” que parecia ser problema de outro "mundo" bate as nossas portas como "PANDEMIA".
E agora? O que isso significa? Cancelaram voos? O que!! vão fechar a hotelaria? Você está recebendo esses cancelamentos massivos também? A cidade "tal fechou"? É o fim do mundo?
Perguntas que começaram a explodir de um minuto para o outro, o assunto que nem se sabia direito do que se tratava, passou a ser o pesadelo de grandes e pequenos empresários, porque a pandemia não escolheu a quem atacar, ela atacou a TODOS, com uma força tamanha que está difícil até de acreditar que seja real. Alguns dizem “estamos no mesmo barco”, que inocência brutal. Não, não estamos no mesmo barco, talvez na mesma tempestade, o furacão COVID19 está passando por todos, mas não estamos no mesmo barco, afinal numa comparação simples, o barco do empresariado de produtos e serviços essenciais navega de vento em polpa mesmo com restrições, mas o barco da hotelaria virou no meio deste vendaval e alguns já afundaram, outros estão boiando com seus pedaços estraçalhados no mar e outros poucos conseguiram revirar o barco e estão tentando tirar a água que adentrou e bagunçou o barco todo, veja que até para os que estão inseridos no mesmo contexto (mercado) os barcos são parecidos, mas não iguais ou o mesmo.
O que diriam sobre isso tudo os RMs de plantão (inclusive eu)?
"As empresas que tem um bom revenue management estaria de olho nas ameaças externas e planejando a reação", sim isso seria uma verdade se a ameaça fosse prevista, se estivéssemos falando de variáveis mensuráveis, previsíveis, se estivéssemos falando de como gerir melhor, como otimizar, como aperfeiçoar, como espremer a laranja até estourar cada bagaço do gomo, mas neste caso não são variáveis, mas uma realidade nua e crua, de não existe uma receita a se gerar hoje, porque é sobre vida, saúde e incertezas absurdamente terríveis para qualquer gestor.
Hoteis grandes e de renome como Copacabana Palace Rio vendo sua ocupação de março cair de 70% para 36%, e que fecha as portas pela primeira vez em 97 anos (noticias.uol.com.br em 09/04/2020), e de Abril zerar, como num passe de mágica ou melhor bruxaria, de um dia para outro, de repente 0,0% ocupação, R$0,00 receita de venda atual e prevista para pelo menos 2 meses a frente, estados e municípios turísticos decretando estado de calamidade, isolamento e fechamento de todo o ecossistema turístico, desde o vendedor de passeio até o hotel 5 estrelas.
Como encarar esta realidade? Como olhar o "amanhã"?
Nossa indicação? Com olhar de esperança, com foco na criatividade, em como se reinventar, em como buscar ou criar a oportunidade, com muita resiliência, não vamos ficar de braços cruzados esperando a "banda passar", talvez por hoje/agora não possamos fazer muita coisa, mas por amanhã sim, e nossa intenção aqui é nos fazer enxergar exatamente isso, o amanhã ainda existe, o futuro está logo ali, como diz o atual vídeo de campanha institucional do Bradesco, "Até tudo voltar ao normal, e tudo vai voltar ao normal, ‘re-invente’ o futuro",
É sempre bom relembrar que é em meio as calamidades, catástrofes, guerras e dificuldades, que são gerados os desafios e que conseguimos nos superar, mudar, inventar e reinventar, transformar, aperfeiçoar, gerar, criar e todos os verbos mais que nos direcione ao próximo nível, hotelaria e RM gostam de palavras em inglês então, rumo ao NEXT LEVEL.
Vamos nos sensibilizar por hoje sim, vamos sofrer o impacto e a dor sim, porque isso nos fará mais fortes, mais não vamos desacreditar nem por hoje e nem nunca, porque a gente pode não poder hoje, mas amanhã sempre será possível.