Coronavírus afeta com mais força habitantes de favelas
Pesquisa do Instituto Locomotiva aponta que 80% dos moradores sofreram queda expressiva na renda.
O Brasil tem aproximadamente 13,6 milhões de pessoas morando em favelas, que movimentavam R$ 199,8 bilhões de renda própria por ano, antes do surgimento do coronavírus. Esta é a parcela da população que deve ser mais impactada pela pandemia, já que não possuem poupança para imprevistos, a renda é baixa para compra de itens básicos e a maioria divide habitações precárias com um grande número de familiares. O Instituto Locomotiva e o Data Favela desenvolveram uma série de levantamentos a fim de analisar a percepção e comportamento dos moradores das comunidades na atual situação.
Pesquisa mais recente feita com 1808 pessoas, entre 4 e 5 de abril, aponta que 80% dos moradores sofreram queda expressiva na renda. Entre os que moram em comunidades, 55% têm trabalho remunerado e dois terços deles se dizem muito preocupados em perder seus empregos e bicos. A falta de dinheiro em casa culmina na ausência de alimentos para a família. Prova disso é que 13% têm comida armazenada para menos de dois dias, e mais da metade para menos de uma semana.
Além de escassa, a qualidade da alimentação piorou para quase 60% dos moradores de periferia. Desses, 80% dos pais dizem ter muito medo de não ter comida para dar aos filhos. Apesar disso, 71% dos moradores das favelas não concordam com o fim do isolamento. O levantamento ainda revela que, mesmo sem querer, muitos moradores poderão ser obrigados a sair de suas casas atrás de trabalho ou ajuda: 56% dizem que podem ser obrigados a fazê-lo dentro de uma semana.
O Data Favela e o Instituto Locomotiva também consultou 621 mulheres nos dias 26 e 27 de março. As favelas do Brasil têm 5,2 milhões de mães. A maior parte delas (73%) não tem nenhuma poupança que permita manter os gastos sem trabalhar por um dia, 84% dizem que a renda já caiu por causa do coronavírus e 76% relatam que os gastos aumentaram desde que os filhos deixaram de ir à escola.
Quanto à alimentação, 92% das mães preveem dificuldades para alimentar os filhos dentro de um mês. De acordo com 34% delas, a escassez de comida já era um problema quando foram entrevistadas. Nas comunidades, 49% dos lares são liderados por mães que também cuidam dos próprios pais, os quais são foco de preocupação para 85% das entrevistadas.
O Instituto Locomotiva está monitorando as percepções e atitudes da população frente à covid-19 de forma contínua, sempre atento a como a população está reagindo à crise e seu impacto para os negócios.
Pesquisa mais recente feita com 1808 pessoas, entre 4 e 5 de abril, aponta que 80% dos moradores sofreram queda expressiva na renda. Entre os que moram em comunidades, 55% têm trabalho remunerado e dois terços deles se dizem muito preocupados em perder seus empregos e bicos. A falta de dinheiro em casa culmina na ausência de alimentos para a família. Prova disso é que 13% têm comida armazenada para menos de dois dias, e mais da metade para menos de uma semana.
Além de escassa, a qualidade da alimentação piorou para quase 60% dos moradores de periferia. Desses, 80% dos pais dizem ter muito medo de não ter comida para dar aos filhos. Apesar disso, 71% dos moradores das favelas não concordam com o fim do isolamento. O levantamento ainda revela que, mesmo sem querer, muitos moradores poderão ser obrigados a sair de suas casas atrás de trabalho ou ajuda: 56% dizem que podem ser obrigados a fazê-lo dentro de uma semana.
O Data Favela e o Instituto Locomotiva também consultou 621 mulheres nos dias 26 e 27 de março. As favelas do Brasil têm 5,2 milhões de mães. A maior parte delas (73%) não tem nenhuma poupança que permita manter os gastos sem trabalhar por um dia, 84% dizem que a renda já caiu por causa do coronavírus e 76% relatam que os gastos aumentaram desde que os filhos deixaram de ir à escola.
Quanto à alimentação, 92% das mães preveem dificuldades para alimentar os filhos dentro de um mês. De acordo com 34% delas, a escassez de comida já era um problema quando foram entrevistadas. Nas comunidades, 49% dos lares são liderados por mães que também cuidam dos próprios pais, os quais são foco de preocupação para 85% das entrevistadas.
O Instituto Locomotiva está monitorando as percepções e atitudes da população frente à covid-19 de forma contínua, sempre atento a como a população está reagindo à crise e seu impacto para os negócios.