Veja como a inteligência artificial pode ajudar gestores, viajantes e fornecedores
É preciso que os profissionais confiem nas novas tecnologias antes de incorporá-las
Pouco a pouco, a inteligência artificial começa a fazer parte das viagens corporativas. Porém, ela não alterará verdadeiramente este setor até que os fornecedores desenvolvam soluções que resolvam os problemas dos viajantes e dos gestores de viagens - e até que estes dois últimos grupos confiem nos resultados.
Isso significa que os viajantes têm que, literalmente, ver para acreditar. “Você confia no seu assistente pessoal devido ao desempenho e capacidade já demonstrados por ele anteriormente. Para a IA, isso não vai acontecer da noite para o dia. O valor dela aumentará à medida que os viajantes a utilizarem, melhorando seu desempenho com o passar do tempo. Assim começa o ciclo, e em algum momento dele a confiança terá sido estabelecida”, explica o gerente de Tecnologia de Viagens da Microsoft, Steve Clagg.
A diretora de Viagens Corporativas da United Technologies, Colleen Kearney, testemunha esse ciclo em torno das ofertas de IA nos hotéis. “Ouvimos viajantes dizerem que receberam um e-mail do hotel com ofertas que atendiam exatamente às suas preferências, como área para não-fumantes e cama king size”. Ou seja, a IA oferece mais personalização para o viajante, fazendo com que ele se sinta cuidado, embora não haja interação humana.
Por outro lado, experiências negativas podem semear dúvidas. A gerente de serviços de Viagens Corporativas da Finra, Carol McDowell, testemunhou a frustração no rosto de seu marido enquanto ele fala durante horas com um serviço de bate-papo on-line de sua empresa de TV a cabo.
"Parece que agora ele realmente leva mais tempo usando o bate-papo on-line do que se telefonasse para alguém", afirma Carol. “Às vezes, com viagens, são interação e personalização são necessárias. Você precisa de alguém para conversar porque não tem certeza do que precisa, a menos que saiba as perguntas certas a fazer", destaca ela.
Para ajudar o trabalho dos gestores de viagens, é bem provável que em uma realidade não muito distante eles possam perguntar a um banco de dados com inteligência artificial quanto uma determinada unidade de negócios gastará em voos de classe executiva por um determinado período de tempo e o sistema subitamente irá gerar um relatório e o colocará em gráfico de pizza, sem ser preciso ficar durante horas introduzindo dados de diferentes fontes em uma planilha. Essa seria uma maneira de obter dados imediatos e antecipar o que os viajantes farão e quanto será gasto em vez de analisar dados históricos.
No lado do viajante, a diretora de Serviços de Viagem da Mass Mutual, Kelly Taylor, acredita que a adoção generalizada da IA é inevitável, outra razão para abraçá-la. Ela baseia essa suposição nos hábitos de consumo dos jovens viajantes, que preferem visitar o Tripadvisor e procurar outros recursos on-line do que interagir com outras pessoas. Por outro lado, segundo ela, a maioria dos gestores de viagens mais velhos preferem a interação e o contato humano, o que não significa que eles não invistam em IA, afinal, sabem que esse tipo de tecnologia norteará o futuro de seus negócios.
Kelly ainda acha que a maioria das inovações de personalização da IA virá do lado dos fornecedores. No momento, os serviços de TMC no nível de concierge representam o mais alto grau de personalização - dizer a um hotel como reservar um quarto em nome de um executivo, por exemplo -, mas eles estão disponíveis a um preço alto e, portanto, apenas viajantes vip da empresa têm acesso a esse tipo de tecnologia.
A IA, no entanto, poderia automatizar essas preferências para qualquer um, possibilitando que o hotel saiba, automaticamente, as preferências dos viajantes. Para as companhias aéreas essa tecnologia também resolveria muitos problemas. Se um voo está prestes a esgotar, por exemplo, a companhia pode oferecer ao passageiro uma das últimas vagas remanescentes na janela por um preço mais acessível, porque sabem que essa é a preferência dele.
Enquanto isso, é preciso que os gestores de viagens se perguntem quais funções exercidas por eles correm menos risco de serem automatizadas, para que possam aperfeiçoá-las cada vez, lembrando que sempre haverá a necessidade da interação humana, por mais que as máquinas dominem boa parte dos processos.
Isso significa que os viajantes têm que, literalmente, ver para acreditar. “Você confia no seu assistente pessoal devido ao desempenho e capacidade já demonstrados por ele anteriormente. Para a IA, isso não vai acontecer da noite para o dia. O valor dela aumentará à medida que os viajantes a utilizarem, melhorando seu desempenho com o passar do tempo. Assim começa o ciclo, e em algum momento dele a confiança terá sido estabelecida”, explica o gerente de Tecnologia de Viagens da Microsoft, Steve Clagg.
A diretora de Viagens Corporativas da United Technologies, Colleen Kearney, testemunha esse ciclo em torno das ofertas de IA nos hotéis. “Ouvimos viajantes dizerem que receberam um e-mail do hotel com ofertas que atendiam exatamente às suas preferências, como área para não-fumantes e cama king size”. Ou seja, a IA oferece mais personalização para o viajante, fazendo com que ele se sinta cuidado, embora não haja interação humana.
Por outro lado, experiências negativas podem semear dúvidas. A gerente de serviços de Viagens Corporativas da Finra, Carol McDowell, testemunhou a frustração no rosto de seu marido enquanto ele fala durante horas com um serviço de bate-papo on-line de sua empresa de TV a cabo.
"Parece que agora ele realmente leva mais tempo usando o bate-papo on-line do que se telefonasse para alguém", afirma Carol. “Às vezes, com viagens, são interação e personalização são necessárias. Você precisa de alguém para conversar porque não tem certeza do que precisa, a menos que saiba as perguntas certas a fazer", destaca ela.
Para ajudar o trabalho dos gestores de viagens, é bem provável que em uma realidade não muito distante eles possam perguntar a um banco de dados com inteligência artificial quanto uma determinada unidade de negócios gastará em voos de classe executiva por um determinado período de tempo e o sistema subitamente irá gerar um relatório e o colocará em gráfico de pizza, sem ser preciso ficar durante horas introduzindo dados de diferentes fontes em uma planilha. Essa seria uma maneira de obter dados imediatos e antecipar o que os viajantes farão e quanto será gasto em vez de analisar dados históricos.
No lado do viajante, a diretora de Serviços de Viagem da Mass Mutual, Kelly Taylor, acredita que a adoção generalizada da IA é inevitável, outra razão para abraçá-la. Ela baseia essa suposição nos hábitos de consumo dos jovens viajantes, que preferem visitar o Tripadvisor e procurar outros recursos on-line do que interagir com outras pessoas. Por outro lado, segundo ela, a maioria dos gestores de viagens mais velhos preferem a interação e o contato humano, o que não significa que eles não invistam em IA, afinal, sabem que esse tipo de tecnologia norteará o futuro de seus negócios.
Kelly ainda acha que a maioria das inovações de personalização da IA virá do lado dos fornecedores. No momento, os serviços de TMC no nível de concierge representam o mais alto grau de personalização - dizer a um hotel como reservar um quarto em nome de um executivo, por exemplo -, mas eles estão disponíveis a um preço alto e, portanto, apenas viajantes vip da empresa têm acesso a esse tipo de tecnologia.
A IA, no entanto, poderia automatizar essas preferências para qualquer um, possibilitando que o hotel saiba, automaticamente, as preferências dos viajantes. Para as companhias aéreas essa tecnologia também resolveria muitos problemas. Se um voo está prestes a esgotar, por exemplo, a companhia pode oferecer ao passageiro uma das últimas vagas remanescentes na janela por um preço mais acessível, porque sabem que essa é a preferência dele.
Enquanto isso, é preciso que os gestores de viagens se perguntem quais funções exercidas por eles correm menos risco de serem automatizadas, para que possam aperfeiçoá-las cada vez, lembrando que sempre haverá a necessidade da interação humana, por mais que as máquinas dominem boa parte dos processos.
*Fonte: Business Travel News