Renato Machado   |   19/10/2018 14:30

Saiba quais são os receios dos gestores com o NDC da Iata

New Distribution Capability irá reestruturar processos de reservas para viagens corporativas

Divulgação / BlueBiz
A reestruturação nos processos de reservas para viagens corporativas anunciada pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) há mais de seis anos ainda possui muitas questões a serem respondidas. Próximo de ver o New Distribution Capability (NDC) posto em ação em todo seu potencial, a Acte Global e a American Express Global Business Travel se uniram para questionar gestores corporativos sobre a expectativa da nova plataforma e das lacunas que ainda restam ser clarificadas.

O diretor executivo da Acte, Greeley Koch, explica que, “por décadas, o processo de reserva de viagens corporativas tem operado basicamente da mesma forma”. “Como atuava em uma era menos complexa, o sistema precisa de atualização há algum tempo”, completa.

Os dados coletados na pesquisa mostram que há uma divisão no mercado, com muitos esperando melhorias na experiência do viajante (64%) e no suporte para negociações com as aéreas (56%). Ainda assim, há receio em diversos pontos que receberam uma margem alta de respostas “preocupado (a)” ou “muito preocupado (a)”.

Temas como “redução de funcionalidade” (preocupante para 90%), alta nos custos (89%), disponibilidade de datas (88%) e política de compliance (87%) foram os mais citados. O destaque nesse quesito, no entanto, ficou para “transparência tarifária”, com 88% das citações – sendo 51% de “muito preocupado (a)”. Ao todo, 81% dos entrevistados afirmaram que não estão completamente confiantes de que têm pleno conhecimento do NDC.

O documento acrescenta que “há um consenso de que as ferramentas atuais fazem um trabalho perfeito – mas não fazem”. “Há dez anos, a experiência do viajante era praticamente a mesma entre as aéreas. Todos vendiam o mesmo tipo de assento, com mala e uma refeição inclusas. Hoje em dia a experiência pode ser tão diferente – e isso não é captado pela ferramenta atual.”

O estudo reuniu a opinião de 218 gestores de viagens entre maio e junho de 2018. A maioria dos entrevistados (60%) está baseada nas Américas, com 12% na Ásia-Pacífico e outros 28% na Europa, Oriente Médio e África.

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