Viagens e eventos corporativos: uma jornada para o recomeço
A diretora-executiva da Alagev, Giovana Jannuzzeli, fala em artigo sobre novo modelo de normal do setor
O setor de viagens e eventos corporativos começa a viver um “novo modelo de normal”, com o avanço da vacinação e expectativa sobre a imunidade coletiva, em meio a cuidados que ainda devem ser tomados devido à pandemia de covid-19.
Com isso, as empresas estão voltando a pensar e se preparar para este cenário emergente das viagens a negócios. A diretora-executiva da Alagev, Giovana Jannuzzeli, fala em artigo sobre a jornada para o recomeço. Confira logo abaixo.
Uma jornada para o recomeço
* Por Giovana Jannuzzeli
"Mesmo com a pandemia da covid-19 ainda em curso, o turismo corporativo começa a viver um “novo modelo de normal” e os indicadores sobre este momento dão sinais de um recomeço. O avanço da vacinação e a expectativa sobre a imunidade coletiva, faz com que todos voltem a pensar em como as empresas vão se preparar para este cenário emergente das viagens de negócios.
Muitas companhias estão tendo que redescobrir na prática o novo caminho para seus modelos de negócios, o que inclui, as viagens a trabalho. O que é fato neste cenário é que muita gente ficou e ficará remota, grandes corporações já veem este modelo como algo permanente. Nos Estados Unidos isso já é uma realidade, e representa 40% das contratações. Isto tudo mostra que as empresas acreditam neste modelo, e que novos formatos híbridos ou não, ditarão as novas relações de trabalho, o que inclui onde o funcionário deve e poderá estar.
Falando de viagens, tudo vai depender da forma e da necessidade operativa que cada companhia possui, mas é inevitável não afirmar que os encontros pessoais se fazem necessários e, para alguns modelos de negócios, totalmente inevitáveis.
Os avanços tecnológicos abrem caminhos para a redução de custos e do fluxo desses encontros pessoais, mas está muito claro que esta demanda reprimida, já mostra sinais de luz para este novo modelo normal.
A retomada das viagens corporativas será impulsionada, em grande parte, por pequenas e médias empresas que, diante da grande crise econômica, percebem, neste momento, a chance de captar novos clientes e de fechar bons negócios. Este cenário desencadeará um efeito dominó, uma vez que a concorrência também se verá motivada a retomar as viagens de negócios para não perder mercado para as rivais.
Em setores menos competitivos, as viagens a trabalho ainda vão demorar a acontecer. Este grupo, composto por profissionais dos setores público, associações e organizações sem fins lucrativos, demonstraram grande capacidade de adaptação e passaram a realizar eventos virtuais para substituir grandes conferências e congressos.
Fazendo uma breve análise dessas categorias de viajantes, e de acordo com as projeções de especialistas, é possível afirmar que a volta das viagens será gradativa, e até 2023, essa movimentação ainda não terá atingido os patamares existentes em 2019, sobretudo em viagens internacionais, já que existem restrições sanitárias e diferentes etapas da vacinação em massa.
As empresas precisam se preparar para esta retomada, e desde já buscar estratégias para o aumento desta demanda que já começa a dar sinais positivos. Quando se planeja uma viagem é preciso avaliar o nível de infecção local, as taxas de transmissão, a real necessidade do cliente e as ações competitivas que envolve a demanda.
Além disso, é dever da companhia zelar pela saúde do funcionário e pensar em medidas de distanciamento, locomoção, acomodação e adotar um planejamento seguro de atividades que envolvam um grupo maior de pessoas. Sabe-se que algumas empresas já estão exigindo aos seus colaboradores a apresentação do cartão de vacinação.
O posicionamento da ALAGEV no que tange as viagens de negócios, é prezar pela segurança e integridade de cada colaborador. Cabe aos empregadores e organizadores de viagens, proporcionar tranquilidade e confiança ao viajante. Mesmo para os passageiros mais experientes, é preciso pensar que o contexto das viagens mudou. Máscaras são itens essenciais, existem novos procedimentos de embarque, medidas de higiene e distanciamento, assim como restrições nas fronteiras. É essencial que as organizações comuniquem sobre suas políticas de viagens corporativas para cada estágio do trajeto.
A única certeza sobre o caminho desta jornada para o recomeço é que estamos lidando com algo imprevisível. A ciência corre atrás para frear a disseminação da Covid-19, mas surgem novas variantes e mudanças se fazem necessárias a todo momento. Porém, se cada um fizer a sua parte, com inteligência, métodos e, sobretudo, segurança, é possível retomarmos e acelerarmos nossas jornadas das viagens corporativas."
* Giovana Jannuzzeli é diretora-executiva da ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas
Com isso, as empresas estão voltando a pensar e se preparar para este cenário emergente das viagens a negócios. A diretora-executiva da Alagev, Giovana Jannuzzeli, fala em artigo sobre a jornada para o recomeço. Confira logo abaixo.
Uma jornada para o recomeço
* Por Giovana Jannuzzeli
"Mesmo com a pandemia da covid-19 ainda em curso, o turismo corporativo começa a viver um “novo modelo de normal” e os indicadores sobre este momento dão sinais de um recomeço. O avanço da vacinação e a expectativa sobre a imunidade coletiva, faz com que todos voltem a pensar em como as empresas vão se preparar para este cenário emergente das viagens de negócios.
Muitas companhias estão tendo que redescobrir na prática o novo caminho para seus modelos de negócios, o que inclui, as viagens a trabalho. O que é fato neste cenário é que muita gente ficou e ficará remota, grandes corporações já veem este modelo como algo permanente. Nos Estados Unidos isso já é uma realidade, e representa 40% das contratações. Isto tudo mostra que as empresas acreditam neste modelo, e que novos formatos híbridos ou não, ditarão as novas relações de trabalho, o que inclui onde o funcionário deve e poderá estar.
Falando de viagens, tudo vai depender da forma e da necessidade operativa que cada companhia possui, mas é inevitável não afirmar que os encontros pessoais se fazem necessários e, para alguns modelos de negócios, totalmente inevitáveis.
Os avanços tecnológicos abrem caminhos para a redução de custos e do fluxo desses encontros pessoais, mas está muito claro que esta demanda reprimida, já mostra sinais de luz para este novo modelo normal.
A retomada das viagens corporativas será impulsionada, em grande parte, por pequenas e médias empresas que, diante da grande crise econômica, percebem, neste momento, a chance de captar novos clientes e de fechar bons negócios. Este cenário desencadeará um efeito dominó, uma vez que a concorrência também se verá motivada a retomar as viagens de negócios para não perder mercado para as rivais.
Em setores menos competitivos, as viagens a trabalho ainda vão demorar a acontecer. Este grupo, composto por profissionais dos setores público, associações e organizações sem fins lucrativos, demonstraram grande capacidade de adaptação e passaram a realizar eventos virtuais para substituir grandes conferências e congressos.
Fazendo uma breve análise dessas categorias de viajantes, e de acordo com as projeções de especialistas, é possível afirmar que a volta das viagens será gradativa, e até 2023, essa movimentação ainda não terá atingido os patamares existentes em 2019, sobretudo em viagens internacionais, já que existem restrições sanitárias e diferentes etapas da vacinação em massa.
As empresas precisam se preparar para esta retomada, e desde já buscar estratégias para o aumento desta demanda que já começa a dar sinais positivos. Quando se planeja uma viagem é preciso avaliar o nível de infecção local, as taxas de transmissão, a real necessidade do cliente e as ações competitivas que envolve a demanda.
Além disso, é dever da companhia zelar pela saúde do funcionário e pensar em medidas de distanciamento, locomoção, acomodação e adotar um planejamento seguro de atividades que envolvam um grupo maior de pessoas. Sabe-se que algumas empresas já estão exigindo aos seus colaboradores a apresentação do cartão de vacinação.
O posicionamento da ALAGEV no que tange as viagens de negócios, é prezar pela segurança e integridade de cada colaborador. Cabe aos empregadores e organizadores de viagens, proporcionar tranquilidade e confiança ao viajante. Mesmo para os passageiros mais experientes, é preciso pensar que o contexto das viagens mudou. Máscaras são itens essenciais, existem novos procedimentos de embarque, medidas de higiene e distanciamento, assim como restrições nas fronteiras. É essencial que as organizações comuniquem sobre suas políticas de viagens corporativas para cada estágio do trajeto.
A única certeza sobre o caminho desta jornada para o recomeço é que estamos lidando com algo imprevisível. A ciência corre atrás para frear a disseminação da Covid-19, mas surgem novas variantes e mudanças se fazem necessárias a todo momento. Porém, se cada um fizer a sua parte, com inteligência, métodos e, sobretudo, segurança, é possível retomarmos e acelerarmos nossas jornadas das viagens corporativas."
* Giovana Jannuzzeli é diretora-executiva da ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas