Gigantes do corporativo se aproximam de Airbnb e Uber

O Turismo está cada vez mais on-line e a presença de millennials é crescente. Uma das consequências dessa movimentação são os diversos aplicativos de economia compartilhada surgindo. No mercado de viagens corporativas, esta é uma tendência positiva ou negativa? Como está a mudança de cultura e hábitos do viajante a negócios?

O segundo painel da GBTA Conference, no Rio de Janeiro, mostrou que 19% da população brasileira é composta por millennials e que eles gastam R$ 4 bilhões por ano em viagens. Com muitos funcionários deste público, a BRF está no processo de adotar o Airbnb como alternativa para hospedagem.

“Existe uma pressão para utilizarmos e nossa premissa é entregar opções para os viajantes. Parte de aplicativos de transporte, como Uber, já usamos há um tempo. Com essas ferramentas e os dashboards que elas oferecem procuramos fazer a gestão do funcionário. É um trabalho a mais, mas é importante ampliarmos as oportunidades”, revela o comprador de Viagens Globais da BRF, Daniel Iacomini.

A questão da segurança do viajante acaba sempre sendo levantada quando se trata de economia compartilhada, mas problemas também acontecem com redes de hotéis. “O Airbnb não quer substituir o hotel, eles não têm produto para fazer essa substituição, é apenas mais uma opção para quem viaja. Às vezes, o serviço é mais individualizado do que em hotel. Essa individualização que o anfitrião da propriedade dá é um ponto muito relevante. “

O diretor de Vendas, Marketing e Distribuição da Meliá Hotels International, Fernando Gagliardi, acredita que, no futuro, hotelaria e meios alternativos de hospedagem poderão caminhar juntos. “O que impediria que a plataforma passasse a distribuir quartos de hotel? Isso agregaria valor para os players. Mais para frente pode ser que haja a convergência desses dois serviços. “