Karina Cedeño   |   19/05/2017 09:01

Veto de eletrônicos na Europa provocaria "tsunami econômico" em viagens corporativas

Carta redigida por aliança norte-americana afirma que a medida trará efeitos catastróficos ao setor

Dreamstime
Se aprovada, a medida poderá impactar negativamente empresas e companhias aéreas
Se aprovada, a medida poderá impactar negativamente empresas e companhias aéreas

O presidente da Coalizão de Viagens de Negócios dos Estados Unidos, Kevin Mitchell, redigiu uma carta aberta à representante da Comissão Europeia dos Transportes, Violeta Bulc, reforçando o seu posicionamento contrário ao possível veto de aparelhos eletrônicos em voos de aeroportos europeus com destino aos Estados Unidos.

O documento foi enviado tendo em vista a reunião de Bulc com representantes do Departamento de Segurança Interna do Estados Unidos (DHS), que aconteceu nesta quinta (18), em Bruxelas, para que fosse discutida a extensão do veto, o qual já vale para dez aeroportos do Oriente Médio e norte da África. Na carta, Mitchell afirma que a medida já está provocando diversos problemas nas regiões onde foi implantada e afeta 350 voos por semana.

“Sendo assim, uma proibição na Europa pode afetar 3,5 mil voos semanais e 65 milhões de passageiros ao ano. O risco econômico para as companhias aéreas e a indústria de viagens e turismo é de ordem de grandeza maior do que a ameaça de pandemias, vulcões ou guerras. Isso é sério”, enfatizou o presidente da coalização na carta.

Ele também destacou o impacto negativo que isso terá na produtividade dos viajantes de negócios, que não conseguirão acessar informações em seus laptops enquanto voam pelo mundo.

“No entanto, essa perda de produtividade é apenas uma parte muito pequena do problema, já que os impactos negativos se darão também na demanda de viagens corporativas, prejudicando as companhias aéreas, o ecossistema de viagens e o turismo como um todo, sem contar a quantidade de negócios perdidos pelas empresas. Ou seja, seria um verdadeiro tsunami econômico”, ressaltou Mitchell.

Na opinião dele, é preciso apenas que um número relativamente pequeno de viajantes corporativos deixe de viajar para tornar um voo não rentável e, consequentemente, diminuir a procura e as vendas de assentos na primeira classe. Há evidências, inclusive, de que isso já está acontecendo e impactando negativamente as reservas de voos.

A carta ainda direcionou diversas perguntas para o DHS, questionando se o medo de ameaça terrorista vale uma perda tão significativa de empregos na indústria de viagens e turismo dos Estados Unidos e da União Europeia, e foi finalizada com um pedido de revisão das medidas de veto já adotadas no Oriente Médio e Norte da África.


*Fonte: E-Turbo News

conteúdo original: http://bit.ly/2qyk6WW

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