Beatrice Teizen   |   19/05/2018 14:00

Gestores devem passar informações completas sobre grupos para cias aéreas

É importante também que o meeting planner entre em contato com a maior antecedência possível.

FLORIANÓPOLIS – É verdade que as companhias aéreas não gostam muito de fazer negociações para grupos? Este foi um dos temas debatidos no Meeting Planners Conference, da Alagev. Mediado pelo vice-presidente executivo da Alatur JTB, Alberto Moane, o painel reuniu informações e opiniões de executivos de três companhias aéreas.

Beatrice Teizen
Alberto Moane, da Alatur JTB, Gonzalo Romero, da Aerolíneas Argentinas, Tarcísio Gargioni, da Avianca, e Eduardo Bernardes, da Gol
Alberto Moane, da Alatur JTB, Gonzalo Romero, da Aerolíneas Argentinas, Tarcísio Gargioni, da Avianca, e Eduardo Bernardes, da Gol
Segundo o vice-presidente da Avianca, Tarcísio Gargioni, a ideia é completamente um mito. “Os profissionais de eventos devem entender um pouco como as aéreas funcionam operacionalmente. Todas as empresas têm muito interesse em atender grupos, mas é necessário compreender que elas estão estruturadas em sua malha para atender voos regulares e essa malha não é tão flexível”, explica.

Nenhuma aérea tem aviões disponíveis para uma eventualidade. Por isso, quando surge um pedido de evento, há um estudo muito detalhado para saber como encaixar aquela solicitação na malha existente. “Para fazer essa ‘ginástica’, há honorários que encarecem muito e, às vezes, o solicitante não entende e acha que a companhia está com má vontade”, diz Gargioni.

“O cliente de evento possui antecedência de compra, o que garante os melhores assentos, e ele está comprando os lugares de um voo que praticamente ainda não foi vendido. Quando ele bloqueia para garantir, o sistema entende que o assento está vendido. No entanto, 70% das solicitações que recebemos para grupos são canceladas. E isso se dá em pedidos que não foram corretamente acordados entre o cliente e a companhia aérea”, afirma o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes.

É por isso que é essencial que o meeting planner entre em contato para fazer a cotação com a maior antecedência possível. Mais importante ainda que isso é entregar a informação completa do grupo. Se é uma viagem de incentivo, se é conferência, qual a data de partida e retorno, quantos passageiros, possibilidades de mudanças e horários, entre outros detalhes,

“Muitas vezes não temos a ciência completa do que o cliente está precisando. No momento que temos todos os dados conseguimos fazer a melhor negociação possível, com os melhores preços e benefícios, como a opção de levar uma bagagem extra e de uma possível mudança de nome, por exemplo”, ressalta o gerente geral da Aerolíneas Argentinas para Brasil, Gonzalo Romero.

O gestor de eventos, ao começar as negociações com a aérea, deve já ter algumas alternativas para propor. Quando existem essas opções, a possibilidade de flexibilidade – fator que é muito buscado neste segmento – aumenta. Sabe-se que este é um processo burocrático também para quem organiza o evento, envolve várias decisões prévias e internas, mas, assim que existir uma ideia aproximada do que será feito, é bom já fazer o pedido de cotação junto a uma companhia área.

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