Beatrice Teizen   |   12/12/2017 14:01

Delta e Gol: seis anos de parceria e foco na experiência

A parceria comercial entre ambas as companhias aéreas facilita a compra de passagens.

A Delta Air Lines e Gol estão comemorando seis anos de parceria. A aliança entre ambas as companhias aéreas permite uma internacionalização mais consciente da brasileira, a partir de um aliado sólido, e a confiança da Delta de poder contar com uma das maiores companhias brasileiras como sua parceira exclusiva.

Com 20 anos de serviço ininterrupto da Delta no Brasil e mais de 30 voos semanais, desde 2011 a parceria comercial com a Gol facilita a aquisição de passagens. Se uma empresa possui contrato de compra de bilhetes com a brasileira, ela vende também produtos da americana e vice-versa.

Emerson Souza
Fabio Camargo, da Delta, e Eduardo Bernardes, da Gol
Fabio Camargo, da Delta, e Eduardo Bernardes, da Gol
“Isso facilita muito a gestão da empresa, que não precisa ficar negociando com diversas companhias. Ela faz com menos, pois, além da Gol, somamos ainda a Air France-KLM. Ou seja, é possível comprar quatro aéreas com apenas uma negociação”, explica o diretor da Delta para o Brasil, Fabio Camargo.

Somadas, as duas aéreas atendem mais de 320 destinos no mundo, 220 só nos Estados Unidos e mais 56 países. Com a Gol, são 50 locais no Brasil voando para os mais de 300 que a americana opera. Em termos de indústria, tudo que se viaja entre Brasil e EUA, a rede cobre 99% do tráfego.

Um ponto que a aliança vem trabalhando fortemente nos últimos anos é na experiência do viajante. “Nosso grande hub de conexão é Guarulhos. Aproximadamente um terço dos passageiros que embarcam para os Estados Unidos vem da Gol. Somos a única parceria que tem a colocação no mesmo terminal. Isso já é um diferencial na viagem do nosso consumidor”, afirma Camargo.

Emerson Souza
O diretor da Delta para o Brasil, Fabio Camargo
O diretor da Delta para o Brasil, Fabio Camargo
Também são feitos muitos investimentos em tecnologia e inovação, como mapa interativo dos aeroportos dentro do aplicativo da Delta, melhoras nas cabines das aeronaves e rastreio de bagagem via chip nas etiquetas (RFID) – inclusive de passageiros via Gol.

“Após a parceria, continuamos investindo em atendimento, produto e qualificação dos nossos times para que possamos entregar a melhor e mais parecida experiência possível para que o cliente não veja diferença em estar trocando de bandeira”, conta o vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol, Eduardo Bernardes.

FOCO NO CORPORATIVO
O objetivo primário dessa junção foi o segmento de viagens corporativas. O trabalho em conjunto com o time da americana possibilitou que a brasileira assumisse a liderança no setor há dois anos.

“Criamos políticas e processos que fossem mais benéficos para esse tipo de cliente, como a instalação do wi-fi nos aviões e salas vip tanto em mercado doméstico quanto internacional. E foram esses investimentos que nos ajudaram a crescer no segmento corporativo”, diz Bernardes.

Quase 80% de todos os contratos que possuem no mercado de viagens a trabalho ofertam a Gol e Delta em conjunto, permitindo conquistar novos espaços fora do País também. A malha aérea de ambas foi ajustada ao longo dos seis anos para oferecer o melhor tempo de conexão aos clientes – a duração da jornada está entre as principais preferências do viajante a negócios no momento de selecionar uma companhia aérea.

PARA O ANO QUE VEM
Uma das novidades da brasileira será a chegada da nova geração da Boeing, a 737 Max. “Seguimos a filosofia de frota padronizada que permite ter a eficiência operacional necessária para uma empresa que segue sendo de baixo custo e um dos elementos prioritários para isso é o consumo de combustível mais otimizado.“

No momento, são 77 aeronaves, de um total de 120, com wi-fi instalado. A partir de março, o serviço estará disponível também nos 737-700 e, em meados de 2018, 100% da frota estará equipada com a internet a bordo. A TV ao vivo, segundo Bernardes, estará disponível em todos os aviões que tiverem a conexão ainda esse ano, antes do Natal.

A ideia da companhia aérea é alçar outros mercados que ainda não foram decididos, mas é certo o retorno ao Sul da Flórida com a operação dos novos 737 Max, pelo menos a partir de julho.

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