Aéreas fazem mea culpa por falta de união com players
Profissionais do setor citaram falta de planejamento por parte das aéreas em mudanças que envolveram bagagens e ancillaries
O segundo dia da 45ª Abav Expo e 48º Encontro Comercial Braztoa começou bastante movimentado, com a realização do Fórum Abracorp, que reuniu companhias aéreas, TMCs, gestores de viagens e representantes da Alagev, TMG e GBTA para debater temas relacionados ao setor.
Na ocasião, o diretor da Solid e do Reserve, Luís Vabo, afirmou que houve falta de planejamento por parte das aéreas no lançamento das mudanças que envolveram bagagens e ancillaries no Brasil, já que elas não levaram em conta os demais players envolvidos.
"As companhias aéreas ainda dependem dos OBTs, GDS, das OTAs e TMCs, por meio de elos que elas mesmas criaram, mas acabaram implementando as branded fares na correria e sem levar em consideração os demais envolvidos. Isso é um exemplo clássico de que faltou integração entre as partes dessa teia de distribuição”, ressaltou Vabo no começo do debate sobre as mudanças na aviação. O mea culpa foi absorvida pelos dois integrantes da aviação presentes ao debate: o diretor da Delta no Brasil, Fábio Camargo, e o VP da Avianca, Tarcísio Gargioni, que assumiu, como companhia aérea, alguns erros neste processo.
“O primeiro deles foi termos nos focado apenas na questão das bagagens. O segundo foi uma falha de comunicação, já que em vez de comunicarmos que quem não tem bagagem paga menos, falamos que tem bagagem paga mais. E terceiro, esquecemos de considerar os sistemas de distribuição, o que gerou problemas”, desabafou Gargioni.
Também estiveram no painel o diretor de Vendas da Localiza, Paulo Pires, o diretor de Vendas da Atlantica Hotels, Marcos Vileski, o VP da Maringá, Alexandre Castro, o Latin America travel lead da Accenture, Ronaldo Linares, o gestor de viagens da Philips na América Latina, Fernão Loureiro, e o gestor de viagens e eventos da Roche, Rodrigo Cezar.