Reforma em LAX "inspira" investimento em hubs norte-americanos
A administração do San Francisco International Airport é uma das que está atenta às melhorias tão necessárias quanto às do Lax
Conhecido por suas longas filas, saguões lotados e poucas amenidades ao viajante – incluindo simples tomadas – , o Aeroporto Internacional de Los Angeles, o famoso LAX, está começando sua robusta reforma que deve tirá-lo do ranking dos 100 aeroportos mais criticados por passageiros para ficar ao lado de aeroportos asiáticos, que estão entre os melhores.
A reforma, cujo investimento total supera os US$ 14 bilhões, é uma das esperanças da cidade para concorrer como sede dos Jogos Olímpicos de 2024. De quebra, ela é um incentivo para que a administração de outros aeroportos que necessitam de reforma tomem iniciativa. Depois de anos dividindo custos e responsabilidades com linhas aéreas, os aeroportos norte-americanos estão com o olhar de volta à qualidade de seus produtos. Para se ter uma ideia, a previsão de gastos dos aeroportos do país pelos próximos três anos deve ficar em US$ 13 bilhões – 30% a mais que o total de investimentos feitos nos últimos cinco anos.
OUTROS TERMINAIS
A administração do San Francisco International Airport é uma das que está atenta às melhorias. seu plano que inclui reformar áreas de espera, portões e modal para trens o aeroporto deve investir US$ 5,7 bilhões - valor relativamente próximo ao investimento visado pelo Hartsfield-Jackson International, aeroporto de Atlanta, considerado o mais cheio do mundo. Com US$ 6 bilhões, o aeroporto espera abrir 15 novos portões de embarque, renovar garagens e dar nova cara à ambientes com pouco luz natural.
Na Carolina do Norte, o Charlotte Douglas International Airport, também um dos maiores do planeta, espera erguer nove novos portões com um longo lobby e construir uma nova torre de controle.
Segundo o site sobre gestão pública dos Estados Unidos Governing, diversos os aeroportos do país hoje têm infraestrutura limitada em relação à demanda pelo fato das linhas aéreas terem enfrentado as recessões da economia das últimas décadas, o que as forçaram a buscar alta eficiência e priorizar grandes hubs como Atlanta, Chicago, Dallas e Los Angeles.
Como resultado da maior eficiência das linhas aéreas, os aeroportos norte-americanos recebem mais passageiros que nunca, fazendo com que os portões fiquem lotados. Se um portão de embarque projetado para 50 pessoas passa a acomodar pessoas para aviões com 70 ou 110 assentos, passa a não haver espaço para passageiros com suas bagagens. O tempo de espera também aumenta nos banheiros e restaurantes.