Leilão de Uber deixa margem para monopólio; entenda
A Prefeitura de São Paulo decidiu que apenas uma empresa de aplicativos de transporte irá rodas pela cidade. A decisão entrará em vigor a partir de uma brecha na liberação dessa modalidade de serviço. Três empresas do ramo entregaram a document
A Prefeitura de São Paulo decidiu que apenas uma empresa de aplicativos de transporte irá rodar pela cidade. A decisão entrará em vigor a partir de uma brecha na liberação dessa modalidade de serviço.
Três empresas do ramo entregaram a documentação para o governo municipal. Em breve, a prefeitura realizará um leilão para vender os créditos que liberam as empresas para trabalhar na capital paulista.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o critério para a compra será um só: o preço. Isso significa que uma empresa poderá adquirir todos os créditos sozinha.
"Vamos definir uma data. As empresas que se credenciarem até essa data, a gente vai soltar os créditos em um mesmo dia", explicou Tatto. "Uma empresa pode levar tudo. É preço", completou minimizando os danos de um suporto monopólio na cidade.
JUSTIFICATIVA E FUNCIONAMENTO
Para a gestão de Fernando Haddad, o leilão é a importante para que empresas com o perfil do Uber operem dentro da lei. Vale destacar que cada crédito, com lance inicial de R$ 0,10, permite que o carro rode um quilômetro. A oferta do primeiro leilão deve ultrapassar 500 mil créditos.
O secretário também esclareceu que, nos próximos leilões, as ofertas mudarão de preços após o fim do primeiro lote de quilômetros. Aqueles que participarem do leilão podem esperar créditos com lances iniciais mais em conta, porém destinados a determinada região da capital ou horário.
Tatto lembrou que especialistas no assunto estão analisando as tecnologias que já existem no ramo para que a Prefeitura possa fiscalizar as empresas da melhor forma possível.
TAXISTAS
Para acalmar as reivindicações dos taxistas, o secretário garantiu que as regras de fiscalização para a classe irão mudar. Uma dessas alterações será o fim da vistoria anual nos veículos, que passarão a ser controlados por amostragem e reclamações dos usuários.
Tatto não enxerga a decisão como uma “frouxidão” das leis, mas sim como potencialização, já que, segundo ele, o Departamento de Transportes Públicos (DTP) não faz o serviço de maneira eficaz. "Os caras (taxistas) chegam lá naquelas empresas credenciadas, trocam o pneu do táxis ou dão R$ 20 para o carro passar. Onde está a fiscalização nisso?".
A implantação da medida ainda não tem data.
*Fonte: Exame