Maria Izabel Reigada   |   16/06/2016 18:21

Em frases, o que pensa Henrique Alves sobre o Turismo

BRASÍLIA – Amigo dos discursos, o agora ex-ministro do Turismo Henrique Alves não se isentava de manifestar sua opinião enquanto ocupou a pasta. Nos muitos eventos do trade dos quais participou ou em entrevistas à PANROTAS, Henrique Alves falou sobre os principais

BRASÍLIA – Amigo dos discursos, o agora ex-ministro do Turismo Henrique Alves (foto) não se isentava de manifestar sua opinião enquanto ocupou a pasta. Nos muitos eventos do trade dos quais participou ou em entrevistas à PANROTAS, Henrique Alves falou sobre os principais temas do setor, manifestando sua posição pessoal em relação a questões como a reciprocidade de vistos, a regulamentação dos jogos no Brasil e as dificuldades orçamentárias do MTur. Confira algumas das principais declarações de Henrique Alves à frente do ministério:

“A iniciativa privada já faz um excelente trabalho. Se criarmos um ambiente favorável ao investimento, tenho certeza de que o Turismo pode contribuir muito mais para o Brasil. É hora de perguntar o que o Turismo pode fazer pelo Brasil.” – No Fórum PANROTAS deste ano, ao ser sabatinado pelo trade.

“Eu nem precisei pedir o ministério, foi uma decisão do presidente Michel Temer, uma vez que entreguei o cargo quando o PMDB decidiu deixar o governo. Sempre digo que eu não nasci ministro, mas nasci PMDB. É minha história de vida de 44 anos. Após o Michel ter essa oportunidade, ainda transitória, de assumir a presidência, já ouvi dele, na montagem do governo, que me queria novamente no Turismo.” – Sobre seu retorno ao MTur no mês passado.

“Já havia uma decisão política de não se cobrar os 25% nas remessas internacionais de empresas de Turismo, que vigorou até 31 de dezembro, e um novo acordo para a partir de 1º de janeiro. A substituição do ministro da Fazenda criou uma dificuldade, mas ela será resolvida neste mês. Sabemos que empresas do setor anteciparam pagamentos aguardando uma nova resolução em janeiro e devemos ter isso nos próximos dias.” – Sobre a alíquota do IRRF, em janeiro deste ano, durante a Fitur, em Madri.

“Aprovamos na comissão especial a MP 713, pleitos importantes segmento turístico. Luta que se arrasta há 8 meses! Valeu! Agora vai para Câmara!” – Em seu Twitter, sobre a aprovação da MP que reduz alíquota de 25% para 6% para remessas internacionais do setor turístico

“Os parlamentares têm dado grandes contribuições ao Turismo. Quem ainda não tem essa visão do poder econômico do Turismo é o Executivo, que faz com que o MTur seja o penúltimo na escala orçamentária. Os parlamentares engordam nossa receita com as emendas parlamentares, mas espero convencer o governo Michel Temer para que o Turismo possa crescer do ponto de vista pragmático, em recursos.” – Sobre o entendimento de parlamentares e do Poder Executivo em relação ao setor.

“É uma medida para fazer com que este público, que respira esporte, possa vir ao Brasil. Não quero aqui acabar com a reciprocidade, mas abrir uma brecha para um determinado período, seja de um ano ou seis meses. E com isso teremos embasamento para então continuar lutando pelo fim dos vistos.” – Sobre a suspensão temporária da exigência de vistos para cidadãos dos EUA, Austrália, Canadá e Japão.

“Em momento de crise, não há atividade para gerar mais emprego e renda do que o Turismo. Tudo se encaixa no Turismo e mesmo em período de crise, o brasileiro não deixa de viajar. A diferença é que agora ele passa a consumir mais o Brasil.” – Sobre cenário econômico de alta do dólar, no ano passado.

“O trabalho do Cadastur ainda não é o ideal. Está longe da perfeição, mas é um sinalizador de que temos o perfil e origens de cada empresa, bem como a seriedade, o alcance. Mas é apenas um dado inicial. Infelizmente, não temos o quadro de funcionários necessários para essa fiscalização, mas é um passo que deve ser aperfeiçoado, criando-se estruturas para acompanhamento eficiente.” – Sobre a fiscalização em relação aos pedidos de falência de operadoras e agências de Turismo, deixando passageiros no chão.

“Acredito ter honrado os desafios do setor no pouco mais de um ano que estive no Ministério do Turismo. Registramos conquistas importantes como a isenção de vistos para países estratégicos durante a Olimpíada e Paralimpíada, a redução do imposto de renda para o turismo internacional e a execução de obras de infraestrutura turística em todas as regiões, para citar alguns exemplos.” – Em sua carta de demissão, enviada hoje ao presidente interino Michel Temer.

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