Raphael Silva   |   01/08/2017 09:02

Endividamento das famílias cresce em julho

Percentual cresceu em relação a junho, mas se mostrou menor quando comparado com o mesmo mês de 2016

Cenário econômico pós-crise ainda 'caminha' lentamente antes de começar a apresentar alguma evolução concreta
Cenário econômico pós-crise ainda 'caminha' lentamente antes de começar a apresentar alguma evolução concreta
Os escândalos políticos e a crise financeira, óbvio, causaram reflexos drásticos no bolso da população brasileira. Agora, os números da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), mostram que os problemas vão sendo superados aos poucos, mas ainda sem tantos motivos para se entusiasmar. Segundo o estudo, o percentual de famílias endividadas chegou a 57,1% em julho de 2017, maior do que em junho (56,4%), mas menor do que o mesmo mês de 2016 (57,5%);

“[O resultado] Aponta um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias, mesmo após o processo de queda das taxas de juros”, pontua o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Bruno Fernandes.

Se por um lado o percentual de famílias endividadas cresceu, a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu em julho. Comparado ao mês anterior, houve queda de 0,1%. A parcela de famílias que declaram não ter como pagar as dívidas, permanecendo inadimplentes, caiu na base mensal, chegando a 9,4%.

Já o tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas apresentou alta em relação a julho de 2016. Foi de 62,4 para 63,1 dias, enquanto o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses. As principais formas de endividamento seguem sendo, em ordem, o cartão de crédito, carnês e o crédito pessoal.

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