Renê Castro   |   09/08/2016 16:51

Schultz revela projetos para retomada de vendas

O ano não está sendo nada fácil para a Schultz Operadora. Após um 2015 desafiador, porém controlado, a empresa de Aroldo Schultz teve de encarar um 2016 que iniciou com o avassalador imposto sobre remessas ao Exterior (IRRF). Foi o bastante para abalar as finan&cc

Emerson Souza
Aroldo Schultz conversou com a reportagem do Portal PANROTAS durante a Avirrp 2016, em Ribeirão Preto (SP)
O ano não está sendo nada fácil para o País e na Schultz Operadora não é diferente. Após um 2015 desafiador, porém controlado, e com crescimento, uma das empresas de Aroldo Schultz teve de encarar um 2016 intenso, que começou com a questão do imposto sobre remessas ao Exterior (IRRF).

“Com o anúncio do imposto, optei por pagar todos os fornecedores à vista, justamente para evitar a taxação quando a medida entrasse em vigor. O problema dessa operação é que você fica sem fluxo de caixa. A atual situação do Brasil também só agravou o problema, forçando os bancos a segurarem o crédito. É uma situação revoltante, porque você tem dinheiro, mas não pode usar”, revelou o empresário.

O resultado, claro, não poderia ser outro: queda nas vendas e redução do quadro de funcionários. Em números, Schultz afirmou que teve resultados negativos nos seis primeiros meses do ano. A queda média foi de 40%, em comparação com os resultados do ano passado.

“Esse foi o mesmo índice de redução do quadro de funcionários, infelizmente. O lado positivo foram as outras empresas do grupo, como as franquias TZ Viagens (34 no total) e o Vital Card. O bom desempenho dessas e outras áreas mantiveram os resultados do grupo estáveis”, informou ele, com a consciência de que, agora, “é momento de arrumar a casa”.

Com isso, planos de expansão foram freados e readequações em produtos estão em andamento. O que não mudou foi a relação de Schultz com a Europamundo, parceiro de longa data e fornecedor exclusivo de circuitos pela Europa. É por este caminho que o dirigente enxerga melhores resultados. Ou seja, novas opções de roteiros de viagens estão por vir. “É preciso dar um passo para trás para depois voltar a caminhar para frente”, resumiu.

PORTUGAL
Há um ano vivendo no velho continente, Aroldo Schultz não se arrepende da decisão e projeta um ponto de equilíbrio em 2017. Isso porque considera que a investida internacional está chegando ao ponto de maturação, permitindo vislumbrar lucro e novas possibilidades. “Por conta da crise brasileira, optei por concentrar esforços no incoming. A previsão é fechar o ano com 600 passageiros de small groups em Portugal. No próximo ano, já estabeleci a meta de dobrar este número”, acredita.

A crença do empresário está na transformação de Portugal como destino obrigatório para o brasileiro, quebrando a hegemonia dos vizinhos argentinos. Tarefa árdua, mas que Schultz promete não abrir mão.

“Temos a língua a nosso favor e toda uma história que não pode ser deixada de lado. Portugal não sabe vender esse tipo de argumento, portanto eu vou iniciar esse trabalho”, citando os megafans como arma principal para capacitar agentes de viagens e perpetuar o propósito. Em 2015, 110 agentes participaram da ação, e, este ano, serão 70. As explorações são feitas em parceria com o Turismo de Portugal e da Espanha, com o apoio da Tap e outros fornecedores.

“Eu quero que o agente de viagens (e, na sequência, o viajante) conheça, sim, os grandes centros de Portugal, mas também passeie por vilarejos importantes, ricos em história e beleza natural. O melhor de toda essa experiência é que ela será praticamente exclusiva, já que são regiões ainda inexploradas pelo grande público. Estou muito animado com esse projeto e tenho certeza de que colheremos os frutos em pouco tempo.”

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