Karina Cedeño   |   20/04/2016 18:54

Demanda corporativa cai 2,3% em fevereiro; saiba mais

De acordo com dados divulgados na mais recente pesquisa coordenada pelo professor Hildemar Brasil, da Universidade Federal do Ceará, também coordenador do Indicador Econômico de Viagens Corporativas (IEVC), o último mês de fevereiro registrou queda de 2,3% na demanda corporativa, em relação ao mesm


Da Redação
O coordenador da pesquisa, Hildemar Brasil

De acordo com dados divulgados na mais recente pesquisa coordenada pelo professor Hildemar Brasil, da Universidade Federal do Ceará, também coordenador do Indicador Econômico de Viagens Corporativas (IEVC), o último mês de fevereiro registrou queda de 2,3% na demanda corporativa, em relação ao mesmo período do ano passado. Tal declínio pode ser atribuído ao confuso cenário político e econômico, vigente nos primeiros dois meses do ano, e o aumento do déficit primário do governo federal e a inadimplência dos Estados com suas dívidas crescentes contribuem ainda mais para este cenário.

A retração da demanda provocou um impacto negativo nas receitas, estimado em 2,3%, e perda de 4,4% do total de postos de trabalho na cadeia produtiva das viagens corporativas. "O indicador estudado reflete, ainda, a urgente necessidade de uma retomada do equilíbrio fiscal e monetário, e também da melhoria da confiança dos agentes econômicos públicos e privados", afirma Brasil.

O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que, em 2021, a relação dívida/PIB pode alcançar 90%, fato que preocupa o mercado. Além disso, a Fundação IBGE divulgou em sua pesquisa mensal de serviços uma retração anual de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado, o que indica recessão presente com reflexos sobre o mercado.

A baixa também foi registrada na confiança dos principais agentes econômicos, representando 30 pontos abaixo do ideal desejado em tempos de normalidade. O principal destaque foi para o índice de “intenção de investimentos”, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, que atingiu 69,9, pontuação mais baixa na série publicada desde 2012.

"As expectativas para o primeiro semestre desse ano ficam aguardando o novo rumo a ser dado à política econômica, após a votação do “impeachment”, no próximo dia 17. Vamos torcer para uma saída positiva e para a retomada dos negócios no mundo das viagens corporativas. Adotemos o lema proposto pelo FMI: ''too slow for too long''", finaliza o professor.

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