Trump deve reduzir área de monumentos naturais nos EUA
No início do ano, o presidente Donald Trump assinou um decreto a fim de permitir que designações de monumentos nacionais fossem rescindidas ou tivessem suas áreas reduzidas.
A proteção de uma grande quantidade de monumentos e parques nacionais em todo os Estados Unidos poderá passar por mudanças em breve. No início do ano, o presidente Donald Trump solicitou estudos a fim de permitir que designações de monumentos nacionais fossem rescindidas ou tivessem suas áreas reduzidas, para permitir a exploração econômica das regiões. Agora, o secretário do Interior, Ryan Zinke, entregou a análise pedida, recomendando alterações que, para muitos, irá desproteger as áreas.
Para a agência de notícias Associated Press, Zinke declarou que é necessário rever alguns limites (não especificados quais) para alguns dos 27 monumentos nacionais que estão incluídos na determinação federal. Segundo ele, nenhum dos locais seria eliminado ou revertido para a iniciativa privada, e a visitação — incluindo atividades como caça e pesca — seria mantida ou expandida.
Enquanto os detalhes da recomendação de Zinke para o presidente não tenham sido divulgados ao público, o jornal Washington Post destaca que o secretário teria sugerido a redução de pelo menos três importantes monumentos nacionais: Bears Ears e Grand Starcase-Escalante, ambos em Utah, e do Cascade-Siskiyou, em Oregon.
E se de um lado entidades ambientalistas consideram a decisão uma grande perda para o país e sua população, tido como um "erro cultural e histórico", a notícia representou uma vitória para os conservadores. A medida, que visa ampliar o espaço de terras federais para perfurações, mineração e outras possíveis explorações, favorecerá indústrias extrativistas a avançarem em todo o Oeste dos Estados Unidos.
Até então, com o Ato de Antiguidades, de 1906, a proteção do poder executivo era um obstáculo para o avanço para tais indústrias. Em âmbito nacional, indo além da preocupação pelas intervenções que os monumentos deverão sofrer, o decreto é visto como uma tentativa de Trump de enfraquecer os legados deixado por seu antecessor democrata, Barack Obama.
*Fonte: The Guardian