Rodrigo Vieira   |   05/06/2017 12:44

Trump volta a pedir veto extremo após casos em Londres

Presidente criticou a justiça norte-americana, o prefeito de Londres e novamente falou no banimento de turistas de países com maioria muçulmana


Gage Skidmore/Flickr

O ataque ocorrido em Londres no último final de semana motivou Donald Trump a retomar suas manifestações em relação ao veto à entrada de estrangeiros de países de maioria muçulmana nos Estados Unidos. O presidente norte-americano usou sua conta no Twitter para se expressar.

"Precisamos ser inteligentes, vigilantes e fortes. Necessitamos que os tribunais nos deem esse direito de volta. Precisamos do veto para nos trazer um nível maior de segurança", opinou no último sábado. "O que os Estados Unidos puderem fazer para ajudar Londres e o Reino Unido será feito. Estamos com vocês. Que Deus os abençoe!", continuou logo em seguida.

Já no domingo, Trump cravou: "precisamos parar de ser politicamente corretos e tratar do negócio da segurança para nosso povo. Se não nos atentarmos a isso, a situação apenas vai piorar".

Londres testemunhou sete vítimas fatais em dois ataques terroristas na noite do último sábado (3). O primeiro ataque foi na Ponte de Londres, onde uma van atropelou pedestres; o segundo no Borough Market e as vítimas foram esfaqueadas.

Mais de 20 pessoas seguem hospitalizadas em estado grave. Segundo a polícia, três suspeitos também foram mortos e os casos são tratados como terrorismo.

"Pelo menos sete pessoas mortas e 48 feridas e o prefeito de Londres Sadiq Khan diz que 'não há razões para se alarmar'. Essa á uma desculpa patética a e ele tinha de ter pensado melhor em seu comunicado", continuou o presidente norte-americano, que ainda classificou os tribunais de seu país como "políticos e lentos".

O Travel Ban é uma das promessas de campanha e prioridades de Donald Trump. Vetar turistas de sete países de maioria muçulmana (Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão) foi uma das primeiras ações do presidente em seus primeiros dias de mandato, ainda em janeiro. Contudo, a justiça norte-americana negou a ordem do governo, em março. Os juízes federais que trataram o caso acreditavam que a medida feria os princípios de liberdade religiosa.

Na ocasião, Trump afirmou que levaria o caso até onde for necessário para comprovar que suas medidas não são ilegais e são necessária para a segurança dos Estados Unidos.

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