Janize Colaço   |   02/01/2017 15:15

Fronteira entre Venezuela e Brasil pode ser reaberta hoje

A fronteira entre a Venezuela e o Brasil poderá ser totalmente aberta hoje. Segundo a secretária extraordinária de Relações Internacionais do governo de Roraima, Verónica Caro, se a abertura, que está sendo negociada com o exército venezuelano

picture-aliance/dpa/Miraflores Press
As fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia por decreto do presidente Nicolás Maduro. O objetivo, segundo ele, será o de combater máfias que fazem contrabando da moeda venezuelana
As fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia por decreto do presidente Nicolás Maduro. O objetivo, segundo ele, será o de combater máfias que fazem contrabando da moeda venezuelana
A fronteira entre a Venezuela e o Brasil poderá ser totalmente aberta hoje. Segundo a secretária extraordinária de Relações Internacionais do governo de Roraima, Verónica Caro, se a abertura, que está sendo negociada com o exército venezuelano, não seja concretizada, “ações deverão ser tomadas” para não prejudicar mais o comércio do lado brasileiro.

Ainda de acordo com a secretária, uma eventual prorrogação do fechamento da fronteira pode gerar transtornos econômicos ao País. "Se prorrogar, prejudicará muito não só o Brasil, mas também Santa Elena [de Uairén], que depende muito do comércio com o Brasil. Eles compram calcário de Roraima, além de outras matérias-primas", destacou.

Apesar disso, o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PRB), desacredita que a reabertura da fronteira aconteça nesta segunda-feira. “Não acreditamos que a fronteira será reaberta agora, como o presidente Maduro afirmou. Até porque a situação na Venezuela não mudou nada ainda", afirmou à Folha de S.Paulo.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou na última quinta-feira (29) que a prorrogação poderia se estender até o dia 20 de janeiro, data em que as notas de 100 bolívares deverão sair de circulação.

Para as autoridades de Roraima, a reabertura da fronteira também deverá aumentar a onda migratória de venezuelanos em direção do Brasil. “Há uma demanda reprimida, tanto para a compra de gêneros alimentícios como para fugir dos problemas que o país enfrenta", afirmou Torquato.


*Fonte: Folha de S.Paulo

conteúdo original: http://bit.ly/2iAX6TI

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