Roraima: alto fluxo migratório gera estado de emergência
O intenso fluxo migratório de venezuelanos em Roraima fez com que o governo do estado a decretasse situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos municípios de Pacaraima e Boa Vista.
O intenso fluxo migratório de venezuelanos em Roraima fez com que o governo do estado a decretasse situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos municípios de Pacaraima e Boa Vista. A área do estado faz fronteira com a Venezuela, país que vive uma crise política e econômica e gerou o êxodo de cerca de 30 mil venezuelanos para o País nos últimos dois anos. O decreto de emergência foi assinado na quarta-feira (7) e valerá por 180 dias.
"A gente tinha um fluxo migratório fronteiriço normal, tanto de brasileiros que trabalham na Venezuela, como de venezuelanos que trabalham no Brasil, principalmente Pacaraima que é a cidade de fronteira. Mas, de um ano para cá esse fluxo mudou, com número grande de solicitantes de refúgio. Nos últimos meses, ocorreram quase 2 mil solicitações de refúgio”, explica a coordenadora do Centro de Migrações e Direitos Humanos da Diocese de Roraima, Telma Lage.
Os agendamentos dos pedidos de refúgio já chegam a 2018, segundo a coordenadora. Os imigrantes venezuelanos se instalaram nas ruas e nos poucos abrigos de Roraima e a situação foi agravada nos últimos meses, principalmente nos serviços de saúde do estado.
SAÚDE
Estatísticas do Pronto Atendimento do Hospital Geral de Roraima (HGR), situado na capital, apontam que o número de venezuelanos atendidos aumentou de 324 em 2014 para 1.240 em 2016 - um aumento de 382,71%. Os atendimentos médicos para venezuelanos já atingem o percentual de 60,25% do total de atendimentos a estrangeiros este ano.
O governo do estado declara não ter infraestrutura básica para comportar o aumento dos atendimentos. Além disso, Roraima aponta não ter condições de arcar “solitariamente com os custos advindos do fluxo migratório”.
De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Imigração (CNIG), Paulo Sérgio de Almeida, o órgão aguarda o relatório da missão formada por integrantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Itamaraty e Agência da ONU para Refugiados, que esteve presente em Roraima em outubro deste ano para estudar as medidas que podem ser tomadas em apoio ao estado. Para Almeida, o decreto de emergência deve agilizar a adoção de medidas de apoio por parte do governo federal.
"A gente tinha um fluxo migratório fronteiriço normal, tanto de brasileiros que trabalham na Venezuela, como de venezuelanos que trabalham no Brasil, principalmente Pacaraima que é a cidade de fronteira. Mas, de um ano para cá esse fluxo mudou, com número grande de solicitantes de refúgio. Nos últimos meses, ocorreram quase 2 mil solicitações de refúgio”, explica a coordenadora do Centro de Migrações e Direitos Humanos da Diocese de Roraima, Telma Lage.
Os agendamentos dos pedidos de refúgio já chegam a 2018, segundo a coordenadora. Os imigrantes venezuelanos se instalaram nas ruas e nos poucos abrigos de Roraima e a situação foi agravada nos últimos meses, principalmente nos serviços de saúde do estado.
SAÚDE
Estatísticas do Pronto Atendimento do Hospital Geral de Roraima (HGR), situado na capital, apontam que o número de venezuelanos atendidos aumentou de 324 em 2014 para 1.240 em 2016 - um aumento de 382,71%. Os atendimentos médicos para venezuelanos já atingem o percentual de 60,25% do total de atendimentos a estrangeiros este ano.
O governo do estado declara não ter infraestrutura básica para comportar o aumento dos atendimentos. Além disso, Roraima aponta não ter condições de arcar “solitariamente com os custos advindos do fluxo migratório”.
De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Imigração (CNIG), Paulo Sérgio de Almeida, o órgão aguarda o relatório da missão formada por integrantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Itamaraty e Agência da ONU para Refugiados, que esteve presente em Roraima em outubro deste ano para estudar as medidas que podem ser tomadas em apoio ao estado. Para Almeida, o decreto de emergência deve agilizar a adoção de medidas de apoio por parte do governo federal.
*Fonte: Agência Brasil