Janize Colaço   |   03/10/2016 16:00

Veja como Portugal usou o Turismo para sair da crise

Nesta segunda-feira o Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec), da Fecomercio-SP, promoveu o evento "A rota contra a crise no setor de viagens e turismo". Dentre os assuntos abordados, houve destaque ao bom desempenho de Portugal, como um dos principais destinos mundia

Emerson Souza
Da esquerda à direita: Caroline Negri, membro do Conselho Executivo do Cevec, Bernardo Cardoso,  diretor do Turismo de Portugal, Viviânne Martins, presidente do CEVEC, e Gilberto Jordan, CEO do Grupo André Jordan
Da esquerda à direita: Caroline Negri, membro do Conselho Executivo do Cevec, Bernardo Cardoso, diretor do Turismo de Portugal, Viviânne Martins, presidente do CEVEC, e Gilberto Jordan, CEO do Grupo André Jordan
Nesta segunda-feira o Conselho Executivo de Viagens e Eventos Corporativos (Cevec), da Fecomercio-SP, promoveu o evento "A rota contra a crise no setor de Viagens e Turismo". Dentre os assuntos abordados, houve destaque ao bom desempenho recente de Portugal, como um dos principais destinos mundiais, e a maneira como o Brasil pode se espelhar no país, em busca de alternativas inovadoras para o desenvolvimento do turismo de negócios, lazer e eventos.

Na ocasião, o diretor do Turismo de Portugal, Bernardo Cardoso, destacou que apesar da crise enfrentada em 2008 e os seus desdobramentos, o Turismo foi o principal fator que retomou a estabilidade do país. “Tivemos neste ano o maior crescimento de receitas do setor, com cerca de 6,3%, acima da média mundial e europeia”, frisou Cardoso.

DESENVOLVIMENTO NO SETOR
Cardoso também destacou que o bom desempenho apresentado se deve ao governo, que conseguiu alcançar as metas projetadas, e também à iniciativa privada, que se arriscou em pequenos empreendimentos que, atualmente, continuam a crescer.

De acordo com o CEO do Grupo André Jordan, Gilberto Jordan, apesar dos cortes orçamentários exigidos pela Troika – grupo composto pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) que negociou um resgate financeiro ao país – foi um grande acerto do governo ter não somente mantido, como também ampliado os investimentos nos principais aeroportos do país.

“Hoje, no mesmo aeroporto de oito anos atrás, recebemos o dobro de passageiros. A longo prazo, esse número deverá crescer ainda mais”, afirmou Jordan.

CONSELHO AO BRASIL
Apesar de dizer que não há uma receita pronta, Cardoso destacou que o Brasil precisa investir na própria identidade nacional para, assim, conseguir atrair a atenção dos turistas internacionais. “É preciso valorizar o seu próprio patrimônio e cultura, primeiramente. Afinal, se não há orgulho pela própria nação e história, como um destino conseguirá ser atraente aos visitantes?”, ponderou.

Já para Jordan, que também concordou com a afirmação do diretor do Turismo de Portugal, o País precisa encontrar o seu próprio atrativo. “Tem que ser algo único, que somente vocês tenham”, salientou, acrescentando que a diversidade cultural do Brasil deveria ser melhor explorada.

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