Tremor de 6 graus abala a Itália e deixa 38 mortos
Um terremoto de seis graus na escala Richter atingiu o centro da Itália e matou 38 pessoas na madrugada de hoje (24), segundo as últimas informações da Agência Ansa. Do total, 28 foram registradas entre as cidades de Amatrice e Accumoli, no Lazio, e dez em Arquata
Muitas pessoas ainda estão debaixo de escombros e a quantidade de vítimas deve aumentas nas próximas horas. O sismo aconteceu às 3h36 (hora local), com epicentro a dois quilômetros da cidade de Accumoli, a 145 quilômetros de Roma, onde o tremor também foi sentido pela população.Notícias | Tremor de 6,2 graus atingiu o centro da #Itália deixando dezenas de mortos e desaparecidos. #EmpireOption pic.twitter.com/wtBl3g29U1
— EmpireOption_BR (@empireoption_BR) 24 de agosto de 2016
A cidade de Amatrice já é considerada a mais atingida pelas réplicas do tremor. A sua principal avenida e o hospital municipal, inclusive, estão destruídos. "É um drama, metade da cidade não existe mais", declarou o prefeito, Sergio Pirozzi. Os feridos estão recebendo os primeiros socorros na rua e sendo transferidos de ambulância para Rieti, a 60 quilômetros de distância.
Em Accumoli, a principal via de acesso está obstruída em diversos pontos por rochas derrubadas pelo sismo. É possível ver em vários locais construções destruídas e carros cobertos por poeira e escombros. Algumas pessoas passaram a madrugada de pijama na rua.
Vítimas também foram encontradas em Pescara del Tronto, que fica a 67 quilômetros de Áquila, região devastada por um terremoto que matou mais de 300 pessoas em 2009. Segundo o chefe da Proteção Civil na Itália, Fabrizio Curcio, o sismo de hoje é comparável em intensidade àquele de sete anos atrás.
MOBILIZAÇÃO
O presidente Sergio Mattarella, que estava em Palermo, sua cidade natal, embarcou para Roma assim que soube do terremoto. foi informado do desastre. "O meu primeiro pensamento vai às vítimas desse devastador tremor que atingiu parte do território nacional", disse.
Mattarela ressaltou ainda que é preciso "usar todas as forças" para salvar vidas, curar feridos e oferecer as melhores condições possíveis aos desabrigados. "Depois, será necessário um rápido esforço para garantir a reconstrução dos centros destruídos e a retomada das atividades produtivas", completou.
Vinte refugiados em uma estrutura localizada em Monteprandone, na região de Marcas, partiram para trabalhar como voluntários em Amandola, que também foi atingida pelo desastre. "Foram eles que pediram para dar uma mão neste momento trágico para a região que os abriga", indicou o dirigente do Grupo de Solidariedade Humana, Paolo Bernabucci. Os refugiados são do norte da África.
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) autorizou a entrada de um milhão de euros, cerca de R$ 3,6 milhões, para as operações de socorro nas áreas atingidas pelo terremoto na Itália. O valor cobrirá necessidades especiais e primeiras emergências. A entidade também fará uma arrecadação em todas as igrejas do país em 18 de setembro, data do seu 26º Congresso Eucarístico.
*Fonte: Agência Brasil