Renato Machado   |   19/05/2017 19:38

Conotel debate identidade turística e grandes eventos

Especialistas da matéria se reuniram em painel no 59º Congresso Nacional de Hotéis para debater os próximos passos da indústria da realização de eventos no Brasil.

Renato Machado
Luiz Del Vigna (Abeta), Érica Drummond (Abih-MG), Manoel Lisboa Barbosa (Abih Nacional), Ana Cláudia Bittencourt (Abeoc), Cláudio Tinoco (Anseditur), Gustavo Arrais (Fornatur)
Luiz Del Vigna (Abeta), Érica Drummond (Abih-MG), Manoel Lisboa Barbosa (Abih Nacional), Ana Cláudia Bittencourt (Abeoc), Cláudio Tinoco (Anseditur), Gustavo Arrais (Fornatur)

Copa do Mundo e Olimpíada foram os grandes eventos do passado recente brasileiro. Muito se falou em legado e da importância que a realização dessas competições teria no desenvolvimento do Turismo nacional. Especialistas da matéria se reuniram há pouco em painel no 59º Congresso Nacional de Hotéis para debater os próximos passos da indústria da realização de eventos no Brasil.

Mediados pelo diretor da ABIH Nacional, Manoel Lisboa Barbosa, os presentes trataram da representatividade do País diante do cenário global. A presidente da Abeoc, Ana Cláudia Bittencourt, defendeu que “nós somos protagonistas, não somos coadjuvantes”.

“A tendência na Europa e nos Estados Unidos é a realização de pequenos e médios eventos”, continuou a dirigente. “Os grandes eventos trazem consigo um grande risco na organização, por isso há exemplos de eventos que tenham sido negativos”, completou.

Barbosa enfatizou a necessidade do constante investimento na matéria. Algo reforçado pelo secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Cláudio Tinoco, que no evento esteve representando a Anseditur. “As soluções envolvem essa rede de conventions e bureaus, mas também devemos estimular outros tipos de associações, como a Salvador Destinations, que é um escritório de negócios, divulgação e capacitação. Nós fazemos isso e preferimos porque o setor privado faz melhor do que o setor público”, opinou.

IDENTIDADE
O vice-presidente da Fornatur, Gustavo Arrais, levou a discussão para a necessidade de o País ter uma identidade clara para o mercado internacional. “O Brasil não tem identidade, nosso posicionamento é zero. As pessoas vão para Veneza por que é romântico, para Dubai porque é luxo”, argumentou. “Posicionou, vendeu; o geral não vende. Até vende, só pra 15% do mercado. Mas não vende na quantidade que o Brasil precisa vender.”

O argumento de Arrais foi logo rechaçado pelo diretor executivo da Abeta, Luiz Del Vigna. “Nós temos sim imagem internacionalmente, só não estamos tendo competência para trabalhar isso. O mais importante é olhar para nossa natureza, para o nosso quintal, para saber vender isso”, disse. Sob aplausos, Del Vigna finalizou dizendo que “é importante os brasileiros conhecerem o Brasil, acho que podemos dizer que esse é um legado.”

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