Turismo esportivo: “não há espaço para amadores”
“Os grandes eventos passaram e estamos hoje buscando um novo papel do que é o Turismo esportivo”, afirmou Maureen Flores, conselheira do Cetur-CNC
RIO DE JANEIRO – Em mais uma etapa do “Cenários em debate”, série de seminários promovida pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC (Cetur-CNC), esta segunda-feira foi reservada para a discussão acerca de atividades turísticas atreladas ao esporte. Mediado pela professora Maureen Flores, conselheira do Cetur-CNC, o seminário uniu a prática esportiva de alto rendimento à realização de eventos e Turismo.
O secretário nacional de esportes de alto rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, introduziu o debate garantindo que, atualmente, sua principal preocupação é “fazer eventos em cidades que além do benefício da atividade física tragam também um benefício ao local”, propiciando melhora econômica por meio do Turismo. “Os eventos esportivos são muito importantes, mas a dinâmica esportiva das cidades é ainda mais importante. Sem isso você não tem eventos nestas cidades.” A mediadora Maureen Flores deu o tom da discussão, afirmando que “não podemos mais nos dar ao luxo de sermos amadores”. “Os grandes eventos passaram e estamos hoje buscando um novo papel do que é o Turismo esportivo”, disse.
A não obrigatoriedade de injeção de investimentos por parte exclusivamente do governo é um dos pontos que fazem com que o ex-ministro do Esporte e Turismo Caio de Carvalho acredite que a relação Turismo e Esporte “tem tudo para acontecer”. “Essas maratonas que se espalham pelo Brasil, as corridas (automobilísticas) feitas pelo setor privado, por exemplo, movimentam e geram um turista qualificado”, afirmou, sem deixar de pontuar a oportunidade perdida pelo Brasil após os grandes eventos dos últimos anos. “Tivemos uma copa e uma olimpíada que fizeram o mundo se apaixonar pelo Rio, mas não houve uma única ação do governo pra aproveitar esse momento.”
“Tem o esporte do Brasil, e tem o esporte no Brasil. Uma coisa não está relacionada a outra”, defendeu o secretário de Esporte e Lazer de Belo Horizonte, Bebeto de Freitas. Para o ex-jogador de vôlei e ex-técnico da seleção brasileira, apesar de alguns sucessos ocasionais, a realidade é que o esporte deve ser mais difundido na sociedade brasileira. “Em algum momento depois da atividade física o esporte cresce, aparece”, pontuou, citando dados do último censo, em que a cada dez escolas do Brasil, apenas uma possuía quadra fechada.
Automobilismo e corrida de rua foram as modalidades presentes para mostrar quão efetivo o esporte é no Turismo. O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Waldner Bernardo, citou a presença maciça de espectadores em provas ao redor do País. “Automobilismo no Brasil acontece de norte ao sul, não é somente Fórmula 1. Automobilismo é kart, arrancada, velocidade na terra. É dinheiro, é Turismo, é receita”, concluiu.
Organizador da maratona do Rio, realizada no último domingo, João Traven trouxe números da edição 2017. Foram 33 mil corredores participantes (com inscrições esgotadas em outubro de 2016), o que ocasionou uma injeção de R$ 200 milhões na economia da cidade.
O secretário nacional de esportes de alto rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, introduziu o debate garantindo que, atualmente, sua principal preocupação é “fazer eventos em cidades que além do benefício da atividade física tragam também um benefício ao local”, propiciando melhora econômica por meio do Turismo. “Os eventos esportivos são muito importantes, mas a dinâmica esportiva das cidades é ainda mais importante. Sem isso você não tem eventos nestas cidades.” A mediadora Maureen Flores deu o tom da discussão, afirmando que “não podemos mais nos dar ao luxo de sermos amadores”. “Os grandes eventos passaram e estamos hoje buscando um novo papel do que é o Turismo esportivo”, disse.
A não obrigatoriedade de injeção de investimentos por parte exclusivamente do governo é um dos pontos que fazem com que o ex-ministro do Esporte e Turismo Caio de Carvalho acredite que a relação Turismo e Esporte “tem tudo para acontecer”. “Essas maratonas que se espalham pelo Brasil, as corridas (automobilísticas) feitas pelo setor privado, por exemplo, movimentam e geram um turista qualificado”, afirmou, sem deixar de pontuar a oportunidade perdida pelo Brasil após os grandes eventos dos últimos anos. “Tivemos uma copa e uma olimpíada que fizeram o mundo se apaixonar pelo Rio, mas não houve uma única ação do governo pra aproveitar esse momento.”
“Tem o esporte do Brasil, e tem o esporte no Brasil. Uma coisa não está relacionada a outra”, defendeu o secretário de Esporte e Lazer de Belo Horizonte, Bebeto de Freitas. Para o ex-jogador de vôlei e ex-técnico da seleção brasileira, apesar de alguns sucessos ocasionais, a realidade é que o esporte deve ser mais difundido na sociedade brasileira. “Em algum momento depois da atividade física o esporte cresce, aparece”, pontuou, citando dados do último censo, em que a cada dez escolas do Brasil, apenas uma possuía quadra fechada.
Automobilismo e corrida de rua foram as modalidades presentes para mostrar quão efetivo o esporte é no Turismo. O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Waldner Bernardo, citou a presença maciça de espectadores em provas ao redor do País. “Automobilismo no Brasil acontece de norte ao sul, não é somente Fórmula 1. Automobilismo é kart, arrancada, velocidade na terra. É dinheiro, é Turismo, é receita”, concluiu.
Organizador da maratona do Rio, realizada no último domingo, João Traven trouxe números da edição 2017. Foram 33 mil corredores participantes (com inscrições esgotadas em outubro de 2016), o que ocasionou uma injeção de R$ 200 milhões na economia da cidade.