QBE 'muda discurso' para dar nova cara ao seguro viagem
A venda do seguro viagem se tornou “comoditizada” e setor do Turismo – em especial as fornecedoras de cartões de assistência e as agências de viagens – precisam de novas abordagens na venda desse item. Essa é a visão da QBE, maior seguradora
O Turismo precisa de uma "nova abordagem" na comercialização de seguro viagem, produto que se tornou "comoditizado" nos últimos tempos. De forma bem resumida, essa é a visão da QBE, maior seguradora desse segmento no Brasil, e que vem redobrando esforços para gerar essa conscientização desejada em seus parceiros, segundo o CEO da empresa, Raphael Swierczynski.
“Estamos revisitando todos os nossos produtos e propondo mudanças para nossos parceiros. Há muitas empresas que ainda vendem cobertura de US$ 10 mil para estudantes que vão passar seis meses no Exterior, e depois precisa usar seus próprios recursos. É preciso enxergar com mais cuidado qual o produto mais adequado para cada viagem, e vemos que alguns parceiros não se preocupam com isso”, explicou Swierczynski, em conversa com o Portal PANROTAS na sede da empresa, em São Paulo.
Para ele, há pouca atenção da mídia ao seguro viagem para conscientizar o consumidor sobre sua importância e todas as possibilidades que ele tem, e cabe também às empresas que oferecem o produto atuar como “consultores” dos viajantes a respeito do item. A visão de que "o seguro viagem virou commodity" também esteve presente na recente convenção da GTA.
Nesse sentido, a QBE, que não comercializa diretamente a agências de viagens, afirma estar intensificando seus treinamentos e “atualizando o discurso” com os parceiros – Flycard, Intermac, Vital Card, April, Tourist Card, CI e parte da GTA – para gerar essa conscientização no setor. “O mais fácil de vender é sempre o mais barato, mas isso não dá cobertura e ganhos para todos. Então estamos apresentando produtos melhores pra que as empresas possam rentabilizar o negócio, oferecendo os planos mais adequados a cada viajante”, destaca o superintendente de U/W e Atuarial Affinity da QBE, Luiz Gustavo da Costa.
DIVERSIFICAÇÃO
A mudança na legislação por parte da Susep, que incluiu a obrigatoriedade de novas coberturas em todos os seguros viagem internacionais, incluindo pré-existências, "não gerou grande impacto" na QBE, segundo a seguradora. Por outro lado, o que vem mudando os negócios da empresa é a entrada de novas linhas fora do segmento turístico, mas que também chegam ás fornecedoras de cartões de assistência do setor.
Uma das parceiras da QBE, a April lançou recentemente seus produtos “massificados” para comercializar dentro e fora das agências de viagens. Com a ajuda da seguradora, itens como seguro residencial, de automóveis e até para pets entraram na pauta. “Como houve essa comoditização do seguro viagem e as empresas acabam brigando por um nicho muito restrito, essa é outra forma delas buscarem mudanças. Acreditamos que é uma tendência que será seguida”, comentou o CEO da QBE.
RESULTADOS RUINS
Se vier, essa rentabilização esperada pela QBE deve se combinar a outro fator positivo no futuro próximo: a retomada das viagens internacionais entre os brasileiros, que representam 90% do volume de vendas da empresa no País. “Este ano foi muito marcado por viagens nacionais e mais curtas, e a impressão geral das pessoas é que nas viagens dentro do País não é necessário o seguro. Agora, com a volta dos níveis de confiança e a melhora da economia, além do dólar mais baixo, acreditamos em uma melhora”, aposta Luiz Gustavo da Costa.
Assim, a QBE espera em 2017 um panorama melhor que o do ano atual, que foi de retração nas vendas. Considerando apenas o seguro viagem (40% dos negócios da empresa), a QBE tem uma queda de 15% no volume de transações no acumulado do ano até o terceiro trimestre, em relação a igual período do ano passado. Em valor de prêmios, a retração está “entre 5% e 10%”, diz a empresa.
“Apesar disso, vemos o início de uma melhora, e achamos que no último trimestre do ano já chegaremos perto de igualar o de 2015. E, no ano que vem, apostamos em crescimento”, prevê Raphael Swierczynski.
“Estamos revisitando todos os nossos produtos e propondo mudanças para nossos parceiros. Há muitas empresas que ainda vendem cobertura de US$ 10 mil para estudantes que vão passar seis meses no Exterior, e depois precisa usar seus próprios recursos. É preciso enxergar com mais cuidado qual o produto mais adequado para cada viagem, e vemos que alguns parceiros não se preocupam com isso”, explicou Swierczynski, em conversa com o Portal PANROTAS na sede da empresa, em São Paulo.
Para ele, há pouca atenção da mídia ao seguro viagem para conscientizar o consumidor sobre sua importância e todas as possibilidades que ele tem, e cabe também às empresas que oferecem o produto atuar como “consultores” dos viajantes a respeito do item. A visão de que "o seguro viagem virou commodity" também esteve presente na recente convenção da GTA.
Nesse sentido, a QBE, que não comercializa diretamente a agências de viagens, afirma estar intensificando seus treinamentos e “atualizando o discurso” com os parceiros – Flycard, Intermac, Vital Card, April, Tourist Card, CI e parte da GTA – para gerar essa conscientização no setor. “O mais fácil de vender é sempre o mais barato, mas isso não dá cobertura e ganhos para todos. Então estamos apresentando produtos melhores pra que as empresas possam rentabilizar o negócio, oferecendo os planos mais adequados a cada viajante”, destaca o superintendente de U/W e Atuarial Affinity da QBE, Luiz Gustavo da Costa.
DIVERSIFICAÇÃO
A mudança na legislação por parte da Susep, que incluiu a obrigatoriedade de novas coberturas em todos os seguros viagem internacionais, incluindo pré-existências, "não gerou grande impacto" na QBE, segundo a seguradora. Por outro lado, o que vem mudando os negócios da empresa é a entrada de novas linhas fora do segmento turístico, mas que também chegam ás fornecedoras de cartões de assistência do setor.
Uma das parceiras da QBE, a April lançou recentemente seus produtos “massificados” para comercializar dentro e fora das agências de viagens. Com a ajuda da seguradora, itens como seguro residencial, de automóveis e até para pets entraram na pauta. “Como houve essa comoditização do seguro viagem e as empresas acabam brigando por um nicho muito restrito, essa é outra forma delas buscarem mudanças. Acreditamos que é uma tendência que será seguida”, comentou o CEO da QBE.
RESULTADOS RUINS
Se vier, essa rentabilização esperada pela QBE deve se combinar a outro fator positivo no futuro próximo: a retomada das viagens internacionais entre os brasileiros, que representam 90% do volume de vendas da empresa no País. “Este ano foi muito marcado por viagens nacionais e mais curtas, e a impressão geral das pessoas é que nas viagens dentro do País não é necessário o seguro. Agora, com a volta dos níveis de confiança e a melhora da economia, além do dólar mais baixo, acreditamos em uma melhora”, aposta Luiz Gustavo da Costa.
Assim, a QBE espera em 2017 um panorama melhor que o do ano atual, que foi de retração nas vendas. Considerando apenas o seguro viagem (40% dos negócios da empresa), a QBE tem uma queda de 15% no volume de transações no acumulado do ano até o terceiro trimestre, em relação a igual período do ano passado. Em valor de prêmios, a retração está “entre 5% e 10%”, diz a empresa.
“Apesar disso, vemos o início de uma melhora, e achamos que no último trimestre do ano já chegaremos perto de igualar o de 2015. E, no ano que vem, apostamos em crescimento”, prevê Raphael Swierczynski.