Da Redação   |   31/08/2017 12:40

Desemprego cai para 12,8% com alta do trabalho informal

O aumento na informalidade no mercado de trabalho influenciou a queda de 0,8% na taxa de desemprego do Brasil.

O aumento na informalidade no mercado de trabalho influenciou a queda de 0,8% na taxa de desemprego do Brasil. O índice é comparado com o trimestre encerrado em abril, encerrando o período maio a julho deste ano em 12,8%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador aponta que o Brasil ainda tem 13,3 milhões de desempregados.

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No trimestre imediatamente anterior, encerrado em abril, a taxa de desemprego havia sido de 13,6%. Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, houve alta de 1,2 ponto percentual na desocupação.

Os dados representam uma queda de 5,1% no desemprego frente ao trimestre anterior (menos 721 mil pessoas). Mas em relação a igual trimestre 2016, o desemprego cresceu 12,5% (mais 1,5 milhão de pessoas).

A população ocupada do Brasil em julho era de 90,7 milhões de pessoas, aumento de 1,6% em relação ao trimestre encerrado em abril. O dado atual não apresenta alteração em relação ao mesmo trimestre de 2016.

INFORMALIDADE
Segundo o IBGE, no contexto da crise econômica e da consequente falta de oferta de empregos formais, a maioria dos 721 mil brasileiros que deixaram a fila do desemprego no trimestre encerrado em julho o fizeram via informalidade.

O instituto registrou nível de ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) estimado em 53,8% no trimestre de maio a julho de 2017, apresentando um aumento de 0,6 ponto percentual frente ao trimestre prévio. Em relação a igual trimestre do ano anterior, houve queda de 0,5 ponto percentual.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2016, o número de empregados com carteira assinada caiu 2,9%, chegando a 33,3 milhões de pessoas.
O setor público também influenciou a queda do desemprego, com aumento das contratações, principalmente nas prefeituras. As oportunidades no setor público chegaram a responder por mais da metade dos novos empregos do trimestre – o equivalente a 423 mil vagas.

CARTEIRA ASSINADA
A influência da informalidade sobre o aumento do emprego também pode ser constatada quando se analisa o comportamento da ocupação formal neste último trimestre encerrado em maio.

Apesar da estabilidade do número de 33 milhões de carteiras de trabalho assinadas em relação ao trimestre anterior, a comparação com o mesmo trimestre de 2016 mostra queda de 2,9% –o que representa equivalente menos 1 milhão de pessoas com carteira assinada.

Já o número de empregados sem carteira assinada cresceu 4,6% na mesma base de comparação (mais 468 mil pessoas), chegando a 10,7 milhões de pessoas. Em um ano, o aumento foi de 5,6% (mais 566 mil pessoas).

O contingente de trabalhadores por conta própria, por sua vez, fechou julho em 22,6 milhões de pessoas, uma alta de 1,6% na comparação trimestral (mais 351 mil pessoas), permanecendo estável na comparação anual.


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2vMgEqL

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