"Airbus e Bombardier afetarão Embraer", aponta especialista
Nesta terça-feira (17), a Airbus passou a ser acionista majoritária das ações dos modelos C-Series da Bombardier. De acordo com o especialista Shailon Ian, a parceria traz potenciais riscos para a Embraer.
Nesta terça-feira (17), a Airbus passou a ser acionista majoritária das ações dos modelos C-Series da Bombardier. A empresa francesa agora possui 50,01% das ações da C-Series Aircraft Limited Partnership, unidade de produção e comercialização dos jatos. De acordo com o especialista Shailon Ian (foto), a parceria traz potenciais riscos para a Embraer.
“Se tecnicamente os jatos da Embraer são superiores, na esfera econômica, a entrada de um peso-pesado como a Airbus no mercado pode prejudicar a Embraer”, analisa o engenheiro aeronáutico formado pelo ITA e presidente da Vinci Aeronáutica.
Shailon Ian afirmou que o acesso a financiamento e recursos para desenvolvimento de aeronaves C-Series são fatores que compõem o provável acirramento da competição entre essas corporações. O outro componente seria a otimização da frota em torno de um único fornecedor. "A disputa por espaço no mercado de aviação comercial é intensa e cada centavo faz a diferença", constatou o especialista.
O engenheiro aeronáutico lembra que, na composição final do custo de uma empresa aérea, o consumo de combustível representa uma parcela importante, assim como pessoal e financiamento: “A chegada da Airbus traz fôlego financeiro e acesso a linhas de financiamento que podem impactar a equação, anulando eventuais vantagens técnicas das aeronaves da Embraer”, afirmou.
No entanto, o especialista avalia que não deverão ocorrer impactos significativos a curto prazo. A linha de jatos da companhia brasileira tem uma carteira sólida e vários pedidos confirmados.
“Se tecnicamente os jatos da Embraer são superiores, na esfera econômica, a entrada de um peso-pesado como a Airbus no mercado pode prejudicar a Embraer”, analisa o engenheiro aeronáutico formado pelo ITA e presidente da Vinci Aeronáutica.
Shailon Ian afirmou que o acesso a financiamento e recursos para desenvolvimento de aeronaves C-Series são fatores que compõem o provável acirramento da competição entre essas corporações. O outro componente seria a otimização da frota em torno de um único fornecedor. "A disputa por espaço no mercado de aviação comercial é intensa e cada centavo faz a diferença", constatou o especialista.
O engenheiro aeronáutico lembra que, na composição final do custo de uma empresa aérea, o consumo de combustível representa uma parcela importante, assim como pessoal e financiamento: “A chegada da Airbus traz fôlego financeiro e acesso a linhas de financiamento que podem impactar a equação, anulando eventuais vantagens técnicas das aeronaves da Embraer”, afirmou.
No entanto, o especialista avalia que não deverão ocorrer impactos significativos a curto prazo. A linha de jatos da companhia brasileira tem uma carteira sólida e vários pedidos confirmados.