Otimista, Gol aposta em melhora de demanda e economia
Inflação e juros baixos, concessão de aeroportos e padronização de ICMS motivam a expectativa
Após voltar a exibir um resultado operacional positivo em segundos trimestres depois de sete anos (apesar de um prejuízo líquido na casa dos R$ 474,6 milhões motivado por perdas cambiais), a Gol mantém previsões otimistas para o restante do ano e próximos exercícios. Em especial por enxergar uma melhora na demanda de passageiros, fruto de um clima econômico mais favorável, e pela perspectiva de ter uma frota mais eficiente.
Em conferência e apresentação para investidores, analistas do mercado financeiro e jornalistas, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, comentou o cenário. "Se de um lado ainda temos um desemprego alto, por outro ele não está aumentando, e com a inflação caindo, achamos que isso influencia positivamente quem viaja a lazer. E, como esse cenário influencia a economia como um todo, aumenta também o nível de atividade das empresas, e consequentemente também a demanda por bilhetes corporativos", comentou Kakinoff.
Ele lembrou que, mesmo no cenário atual, a Gol ainda lidera o share de passageiros no Lazer e no Corporativo, e que uma melhora de fato já foi sentida na parte final do segundo trimestre.
A Gol ainda espera que os indicadores operacionais melhorem quando entrarem em operação os novos B737-800 MAX (serão cinco no ano que vem e 20 em 2020).
QAV E AEROPORTOS
O otimismo da aérea se estende ainda a medidas em termos de legislações e medidas que devem beneficiar a indústria da aviação como um todo. Uma delas é a padronização do ICMS incidente sobre o querosene de aviação (QAV) em 12%, em pauta no Congresso. Hoje, a cobrança varia conforme o Estado e chega a ser de de 25% em São Paulo. "Se for adotada a padronização na forma proposta, o impacto ao decorrer do ano seria acima de R$ 100 milhões", comentou o VP financeiro da Gol, também presente na conferência, Richard Lark.
Além disso, a nova rodada de concessão de aeroportos, com o repasse à iniciativa privada dos terminais em Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador, foi comemorada pelo presidente da Gol. Mesmo a despeito de notícias recentes, como a relicitação de Viracopos por decisão da concessionária. "É visivel o saldo positivo do que já se fez até aqui. E, até onde sabemos, os critérios para as próximas rodadas tendem a oferecer um equilíbrio econômico maior", disse Kakinoff.
PREVISÕES
O guidance para este ano ainda apresenta previsões modestas em relação ao primeiro semestre. A capacidade em ASK deve sair de uma queda de 2,4% para estabilidade, ainda sob impacto da redução temporária de malha. Em total de assentos, a oferta deve cair entre 3% e 5% no final do ano, reduzindo o ritmo sobre a retração de 9,4% entre janeiro e junho.
A expectativa de melhora operacional, no entanto, pode ser vista na previsão da margem do Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações), passando de uma alta de 10% no primeiro semestre para até 14% no ano cheio. Lembrando que, mesmo com o prejuízo líquido, a Gol teve fluxo de caixa positivo em R$ 504 milhões no segundo trimestre. "Isso reflete nosso esforço de otimizar nossa frota e ganhar rentabilidade. À medida me que venha a recuperação esperada no mercado corporativo, acho que esse fluxo de caixa pode aumentar", comentou Richard Lark.
Em conferência e apresentação para investidores, analistas do mercado financeiro e jornalistas, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, comentou o cenário. "Se de um lado ainda temos um desemprego alto, por outro ele não está aumentando, e com a inflação caindo, achamos que isso influencia positivamente quem viaja a lazer. E, como esse cenário influencia a economia como um todo, aumenta também o nível de atividade das empresas, e consequentemente também a demanda por bilhetes corporativos", comentou Kakinoff.
Ele lembrou que, mesmo no cenário atual, a Gol ainda lidera o share de passageiros no Lazer e no Corporativo, e que uma melhora de fato já foi sentida na parte final do segundo trimestre.
A Gol ainda espera que os indicadores operacionais melhorem quando entrarem em operação os novos B737-800 MAX (serão cinco no ano que vem e 20 em 2020).
QAV E AEROPORTOS
O otimismo da aérea se estende ainda a medidas em termos de legislações e medidas que devem beneficiar a indústria da aviação como um todo. Uma delas é a padronização do ICMS incidente sobre o querosene de aviação (QAV) em 12%, em pauta no Congresso. Hoje, a cobrança varia conforme o Estado e chega a ser de de 25% em São Paulo. "Se for adotada a padronização na forma proposta, o impacto ao decorrer do ano seria acima de R$ 100 milhões", comentou o VP financeiro da Gol, também presente na conferência, Richard Lark.
Além disso, a nova rodada de concessão de aeroportos, com o repasse à iniciativa privada dos terminais em Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis e Salvador, foi comemorada pelo presidente da Gol. Mesmo a despeito de notícias recentes, como a relicitação de Viracopos por decisão da concessionária. "É visivel o saldo positivo do que já se fez até aqui. E, até onde sabemos, os critérios para as próximas rodadas tendem a oferecer um equilíbrio econômico maior", disse Kakinoff.
PREVISÕES
O guidance para este ano ainda apresenta previsões modestas em relação ao primeiro semestre. A capacidade em ASK deve sair de uma queda de 2,4% para estabilidade, ainda sob impacto da redução temporária de malha. Em total de assentos, a oferta deve cair entre 3% e 5% no final do ano, reduzindo o ritmo sobre a retração de 9,4% entre janeiro e junho.
A expectativa de melhora operacional, no entanto, pode ser vista na previsão da margem do Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações), passando de uma alta de 10% no primeiro semestre para até 14% no ano cheio. Lembrando que, mesmo com o prejuízo líquido, a Gol teve fluxo de caixa positivo em R$ 504 milhões no segundo trimestre. "Isso reflete nosso esforço de otimizar nossa frota e ganhar rentabilidade. À medida me que venha a recuperação esperada no mercado corporativo, acho que esse fluxo de caixa pode aumentar", comentou Richard Lark.