"O inter da Gol são suas parceiras", avisa Bernardes
Entretanto, companhia reforça interesse em voar ao sul da Flórida com a chegada dos B737 Max
Gol no internacional é, basicamente, Delta e Air France-KLM. É o que o vice-presidente de Vendas e Marketing da aérea, Eduardo Bernardes (foto), pretende deixar cada vez mais claro ao mercado. Aliás, a única novidade que a companhia pode ter com operação própria fora das fronteiras do Brasil é o sul da Flórida, mas isso só após a chegada dos B737 Max encomendados para 2018.
Com Avianca Brasil ganhando força após anunciar Miami, Santiago, Nova York e despertar rumores sobre uma possível rota a Israel, Bernardes foi questionado pelo Portal PANROTAS se a Gol se movimentaria para não perder share no internacional.
"Já temos uma operação muito forte no internacional com Delta e Air France-KLM. É essencial que o mercado saiba que a parceria com essas aéreas vai muito além dos acordos convencionais vistos na aviação. São empresas que trabalham lado a lado com a Gol, diariamente, e traçam as estratégias conosco. Voar aos Estados Unidos com a Gol é sinônimo de Delta. Voar à Europa é Air France-KLM. A estratégia de parcerias globais dessas aéreas são referência no mundo da aviação e a Gol é estratégica nesse cenário", respondeu o VP, que voltou a falar sobre o Sul da Flórida em 2018, como o presidente Paulo Kakinoff já havia ventilado durante o Fórum PANROTAS.
"O B737 Max é um equipamento que nos dará autonomia para chegar longe, e destinos do Sul da Flórida nos interessam, sim", reconheceu Bernardes durante reunião do Conselho da Abav no Aeroporto de Guarulhos, onde revelou o share das agências de viagens em vendas da Gol aos presentes. "Respondem por cerca de 55% do que é comercializado na Gol, contra 45% dos outros canais. É uma fatia significativa e que vem nessa constante desde 2012." Outro dado reforçado e garantido: "Até outubro do ano que vem, 100% da nossa frota doméstica terá serviço de wi-fi."
Nesta quinta, a Delta anunciou a compra de 10% do capital da Air France-KLM em um acordo de 375 milhões de euros, que também envolve Virgin Atlantic.