Com Trump, Emirates vive pior fase desde 11 de setembro
Medidas do governo como o veto a eletrônicos e a turistas em determinados mercados atingiu a companhia
A Emirates Airline viveu neste primeiro semestre seu momento mais crítico desde os atentados de 11 de setembro, revelou o presidente da companhia aérea, Tim Clark, que já garante uma volta gradual da demanda.
A principal condutora desses danos foi a política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação a países "de ameaça terrorista", mercados de maioria muçulmana, que afeta diretamente a companhia do Oriente Médio.
"Fomos afetados gravemente pelas restrições em relação aos voos com destino aos Estados Unidos, como as restrições aos eletrônicos, tal como o veto temporário em países de maioria muçulmana", afirmou durante o Paris Air Show, na semana passada. "Não vejo nada que nos afetou mais do que isso desde os atentados de 11 de setembro."
Entretanto, o otimismo voltou a fazer parte do discurso de Clark. "Os mercados estão retomando. Dubai-Orlando voltou a ser diário e estamos sempre de olho para colocar um segundo em destinos como Boston e Seattle, onde o fator ocupacional está pouco acima dos 90%", analisou o presidente.
O impacto imediato das medidas de Trump foi paralisar temporariamente a função de 13 aeronaves de sua frota. Segundo Clark, oito delas já voltaram aos céus, principalmente à África, onde a Emirates retomou frequência para Abuja e Lagos.
"Portanto, no momento tenho cerca de cinco B777s parados, que provavelmente usaremos para reativar fretados religiosos a Hajj e Umrah."
*Fonte: Flight Global