Maria Izabel Reigada   |   14/04/2016 17:51

Rio 2016: Aviação vê tráfego e acessibilidade como desafios

BRASÍLIA – O diretor de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil, Paulo Henrique Possas, foi quem moderou o painel da Airport Infra Expo, realizado hoje em Brasília, sobre os desafios da aviação durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio.

BRASÍLIA – O diretor de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil, Paulo Henrique Possas, foi quem moderou o painel da Airport Infra Expo, realizado hoje em Brasília, sobre os desafios da aviação durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio. Ele mesmo destacou
que os trabalhos da SAC têm se baseado nas experiências anteriores – com a adoção do que funcionou e a correção dos erros. “Temos feito testes de acessibilidade nos aeroportos, teremos uma Sala Master, com 20 órgãos e entidades atuando conjuntamente; serão 39 aeroportos e
três bases aéreas envolvidas”, listou.

O painel reuniu representantes da Anac, do RioGaleão, do Ministério da Defesa e das empresas Smiths Detection e C-Fly Aviation, de segurança e gestão de aeronaves. Para o gerente de Operações da Anac, Marcelo Lima, as principais preocupações poderão ser em relação à
acessibilidade, diante do volume de passageiros com necessidades especiais durante os Jogos Paralímpicos, e o cuidado com as bagagens e cargas. “Estamos falando dos equipamentos dos atletas. Das armas utilizadas no tiro olímpico às cadeiras de rodas, que devem ser entregues em perfeito estado e no menor espaço de tempo”, destacou.

A gerente de Planejamento Estratégico do RioGaleão, que administra o aeroporto carioca, Mariana Sitta, compartilhou a preocupação do gerente da Anac. “Criamos um pool para a atuação das empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo (Esatas) para a perfeita
organização desse trabalho diante de picos de tráfego de passageiro e aeronaves que teremos”, contou. Ela falou ainda do desafio de atender bem todas as demandas do Comitê Olímpico. “Em relação ao recebimento dos chefes de Estado, por exemplo, estamos em contato com o Ministério das Relações Exteriores e o Itamaraty para atendermos às necessidades
dessas autoridades.”

SEGURANÇA
O comandante do Cindacta 1, Gustavo Camargo de Oliveira, representou o Decea no painel e abordou duas preocupações centrais, a primeira delas em relação ao tráfego aéreo nos momentos de pico. “Não podemos, de forma alguma, deixar que se forme um nó. Alcançaremos momentos de pico e, embora tenhamos a experiência da Copa do Mundo no Brasil, agora estamos falando de uma arena muito maior, que é a cidade do Rio de Janeiro”, alertou. Outra preocupação é o sistema de defesa aeroespacial e as zonas de exclusão criadas. “Na Copa, tínhamos horários dos jogos. No Rio, temos uma arena maior, como falei, e duradoura. As competições estarão ocorrendo ao longo de dias.”

Segurança também foi a preocupação do CEO da Smiths Detection no Brasil, Danilo Dias. Para o fabricante de equipamentos de segurança, os investimentos em modernização foram feitos apenas pelos aeroportos já administrados pela iniciativa privada. “Sabemos que o Galeão e
Guarulhos fizeram esses investimentos, mas não podemos falar o mesmo dos aeroportos de Congonhas (SP) e do Santos Dumont (RJ)”, disse. “Trinta e uma mil pessoas foram para a Síria nos últimos anos, juntar-se ao Estado Islâmico. Trinta deles saíram do Mercosul, entre eles alguns do Brasil. O número é pequeno, ainda bem, mas para explodir um avião é preciso apenas um”, alertou.

Izabel Reigada, especial para o Portal PANROTAS

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