Caroline Cabral   |   22/07/2014 13:04

Após 6 dias, Iata se posiciona sobre voo da Malaysa

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), apenas hoje, seis dias após o acidente com o voo MH17, soltou uma declaração com o posicionamento da associação.

Seis dias após o acidente com o voo MH17, da Malaysia Airlines, que vitimou cerca de 290 pessoas, a Iata emitiu hoje um posicionamento sobre o ocorrido. Para o CEO da associação, Tony Tyler, “os governos devem deixar suas diferenças de lado e tratar as vítimas e suas famílias com a dignidade que merecem – e isso inclui garantir, com urgência, a segurança do local da queda”. Ele garante, no entanto, que voar continua seguro.

Confira a declaração abaixo, na íntegra, em tradução livre, assinada por Tony Tyler.

“A tragédia do MH17 é um insulto. No final de semana, foi confirmado que os passageiros e a tripulação a bordo da aeronave foram vítimas de um crime hediondo. Também foi um ataque contra o sistema de transporte aéreo, que é um instrumento de paz. Dentre as prioridades imediatas, os corpos das vítimas devem ser devolvidos, de uma maneira respeitosa, aos seus entes queridos, que estão de luto. Por mais de quatro dias, nós presenciamos visões terríveis do local do acidente. Os governos devem deixar suas diferenças de lado e tratar as vítimas e suas famílias com a dignidade que merecem – e isso inclui assegurar urgentemente a área.

A investigação também tem que começar depressa, com liberdade e acesso total. Ações do final de semana, que diminuíram o progresso nestas duas prioridades, foram uma ofensa à decência humana.

Nós tivemos notícias de progressos em potencial nestas duas questões. Mas as promessas, agora, precisam se tornar realidade com ações. Companhias aéreas e governos são parceiros em incentivar a conexão global. As aéreas carregam passageiros e carga. Governos e prestadores de serviços de navegação aérea informam as companhias sobre as rotas permitidas e suas restrições. Aéreas obedecem estas ordens.

Este foi o caso com o MH17. A Malaysia Airlines tinha um avião comercial claramente identificado. E foi derrubado – em completa violação das leis, padrões e convenções internacionais – enquanto transmitia sua identidade e presença em um aberto e ocupado corredor aéreo, em uma altitude considerada segura.

Nenhum esforço deve ser poupado para garantir que esta afronta volte a acontecer. Claro, ninguém deveria atirar mísseis a aeronaves de civis – governos ou separatistas. Governos precisarão tomar as rédeas para rever como as avaliações de risco aéreo são feitas. E a indústria fará tudo que puder para dar apoio aos governos, através da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao), na difícil tarefa que vem a seguir. Isto foi um crime terrível. Mas voar continua seguro. E todos envolvidos com o transporte aéreo global estão totalmente dedicados a fazer com que os voos sejam ainda mais seguros”.

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