Queensberry em recuperação judicial: veja mensagem do fundador
Fundador da empresa, Martin Jensen afirma que negocia um aporte de investidores
Em recuperação judicial desde 4 de junho, a Queensberry Viagens deixa hoje um pronunciamento ao mercado por meio de seu fundador e presidente, Martin Jensen. Jensen, que abriu a operadora de viagens de luxo em 1981, revela que nunca sequer imaginou chegar em tal situação quase 40 anos depois, e lamenta.
"Causa enorme tristeza para mim e minha maravilhosa equipe que tudo o que conquistamos possa ser prejudicado pelo coronavírus. Meus amigos insistem que a culpa não é minha, pois ninguém previa o que viria, mas minha responsabilidade é amenizar o prejuízo de todos os envolvidos, clientes, fornecedores e equipe", afirma.
"Ainda existe a chance de encontrarmos um investidor que entenda que nós da Queensberry temos nome e reputação entre os mais respeitados do mercado durante tantos anos e isso pode ser mantido com uma solução aceitável entre todos os envolvidos. Já estamos em contato com dois investidores", afirma Jensen, sem poupar o governo de críticas, endereçadas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre sua declaração sobre os "benefícios do dólar alto", e à nova alavancagem do IRRF sobre remessas ao Exterior, que volta a beirar os 30% e deixar inviável a venda de viagens para o Exterior por intermédio de operadoras. .
Além de investidores, Jensen fala sobre o futuro da Queensberry em termos de produtos. Os Grupos de Brasileiros pelo Mundo, os famigerados GBMs, um dos carros-chefes da empresa, voltará à plataforma comercial em setembro para embarques entre dezembro e abril. "A confiança de vocês é o grande combustível", conclui Jensen.
A Queensberry permanece na Braztoa, que também se pronunciou sobre o caso.