A caminho de Belo Horizonte, Turnet cresce 40% em 2017
Renato Carone revela como enfrenta as grandes fusões do mercado e explica como atingiu crescimento acima da média do mercado
Grande parte do mercado desafogou em 2017, mas poucas operadoras registraram crescimento tão expressivo quanto a Turnet, que faturou 40% mais do que 2016. Especializada na venda de resorts, a companhia de São Paulo atribui a onda positiva a uma série de aprendizados adquiridos ao longo do período. O principal veio do Rio de Janeiro, onde a empresa de Renato Carone abriu uma filial há seis meses.
"O mercado carioca nos despertou para a força do internacional. Fechamos 2017 com um share de 30% em destinos fora do Brasil, um recorde em nossos 18 anos. Além de Estados Unidos e Europa, vimos todo o potencial de exóticos como África do Sul, Indochina, Tailândia e Caribe. Foi uma surpresa muito grata na WTM 2018 quando importantes fornecedores vieram em nossa busca", afirma o fundador e CEO da Turnet. "Fomos muito bem recebidos no mercado do Rio, mantivemos nossa política de trabalho, atendimento e serviço e contamos com Alexandre Dias, executivo bem conhecido localmente", completa Renato Carone, em relação ao ex-Visual e CVC.
A Turnet sempre vendeu mais resorts nacionais muito provavelmente pela operação feita no Brasil, 100% própria, sem intermédio de brokers. Porém, esse é apenas um diferencial da empresa, de acordo com Carone. "O perfil do agente mudou e nós estamos acompanhando o profissional, nosso único canal de vendas. O agente não vende só viagem, ele tem de agregar experiência, o que deve acontecer do começo ao fim da venda. Com menor porte em relação aos gigantes do mercado, a Turnet é capaz de dar ao agente o atendimento artesanal que ele precisa para repassar ao seu cliente", justifica o CEO, ainda garantindo ter um dos sistemas mais fáceis entre as operadoras e "o mais agressivo programa de fidelidade do mercado".
Ele se refere ao Agente Conta com A Gente, similar a um programa de milhagem, que oferece desde celulares e eletrodomésticos nas principais redes de varejo do Brasil a upgrades em companhias aéreas. Quanto mais vendas, mais pontos, que são cumulativos e não expiram.
BELO HORIZONTE
Após instalação no Rio de Janeiro, é como se a Turnet estivesse na Fernão Dias, a caminho de Belo Horizonte, onde deve abrir sua terceira filial, para somar a Campinas (SP) e Rio. No segundo semestre, agentes de viagens mineiros contarão com uma Turnet mais presente, em estratégia similar ao que foi no Rio.
"BH é uma paixão antiga, um mercado que já compra conosco expressivamente, e a filial vai agregar muito à receita da Turnet", afirma a gestora de Comunicação e Marketing, Roberta Tanus.
FREELANCERS
Os agentes de viagens independentes representam 1% da venda da Turnet atualmente, mas esse índice pode subir para 5% até dezembro conforme a operadora entende as necessidades e investe em facilidades para essa categoria.
"Com a crise, muitos agentes fecharam as portas de seus empreendimentos para trabalhar como freelancers. Esse modelo de atuação vai ao encontro das transformações do agenciamento, desses que atendem o consumidor sob demanda", explica Roberta Tanus. "Estamos oferecendo tecnologia, suporte e espaço físico, em nossa matriz, para esses profissionais. Todos os agentes de viagens, sem distinção, têm na Turnet uma especialista em resorts, mas também em outros tipos de pacotes, com atendimento, resolução de problemas, portas abertas para ouvir e agir. Isso que nos diferencia das empresas submetidas às grandes fusões do momento."