Flytour MMT: agentes desejam grupos, portal e internacional
Veja opinião dos profissionais envolvidos no evento que selou a fusão Flytour Viagens MMT
Ainda é cedo para saber como o mercado vai reagir e se os próprios agentes de viagens vão aprovar o novo modelo de operação após a fusão entre MMTGapnet e Flytour Viagens. O anúncio acaba de ser feito pelo presidente da operadora, Michael Barkoczy, e ele próprio pediu pelo menos um mês e meio para que as mudanças, como a da plataforma unificada, comecem a surtir efeito. O caminho é longo.
Vice-presidente no Grupo Flytour, Rui Alves acredita que a principal vantagem da fusão é sinergia, alinhamento operacional e unificação de produtos entre as empresas. "Isso sempre se traduz em dedicação ao cliente, foco total no agente de viagens, que é o objetivo de todo o grupo", afirma Alves. "Por isso preservaremos o DNA de cada empresa setorizando atendimento. Isso vai evitar a queixa dos agentes sobre falta de prestação de serviço. Eles serão tratados tão bem ou melhor do que costumam ser na Flytour Viagens e na MMT", completa, em resposta ao Portal PANROTAS sobre os riscos de uma operadora gigante cair no desgosto das agências.
Fato é que, para os agentes de viagens que compareceram no evento do anúncio da união das marcas, as expectativas são altas. As cerca de 100 agências representadas respondem por mais de 50% das vendas das duas operadoras, e todo esse motor de vendas tem uma lista de desejos para a agora fundida Flytour Viagens MMT. Os pedidos incluem melhor plataforma tecnológica, disponibilidade da equipe de atendimento, atenção às vendas de grupos, entrosamento de produtos e principalmente melhores tarifas no inter.
Silvio Campbell, da Chance Tour, de São Paulo, tem maior saída do internacional, por isso é mais próximo da MMTGapnet, operadora cujos destinos estrangeiros representava 80% do share. Sua maior expectativa está na promessa de melhoria tecnológica. "Precisamos de agilidade na plataforma de vendas, e essa integração deve ajudar, é uma carência que os próprios executivos reconheceram", afirmou, endossado por Fabio Tavares, da Big Travel. "São duas grandes empresas, se pegarem o que há de melhor em cada só temos a ganhar."
Também de São Paulo, Eliane Feliz Okamoto, da Vista Alegre Tur, é forte em grupos, e vê na Flytour Viagens uma das melhores operadoras do mercado para tal modelo de vendas, surpreendentemente, no internacional. "A fusão vem muito a calhar, pois estou familiarizada com o modelo de atuação da FTV, e com a chegada dos produtos internacionais da MMT, terei o melhor dos dois lados", espera a agente, que gosta dos dois portais de vendas e está satisfeita com a promessa de que os destinos internacionais da MMT virão com tarifas competitivas à prateleira.
Europa com preços mais acessíveis é também o que espera o casal Samir El Ain e Vera Lucia El Ain, da agência paulistana Royale Tur. "Somos muito forte em grupos para o continente, mas vínhamos comprando mais com a Flytour Viagens recentemente, pois as tarifas da MMT estava um pouco acima da média", afirma Vera. "Agilizar as vendas é outra de nossas necessidades, pois muitas vezes os clientes não gostam de esperar e querem fechar uma venda durante o final de semana. Esperamos que a operadora unificada não perca isso", completa Samir.
A E3, de Jundiaí, vende mais FTV do que MMT. As profissionais Edilaine e Giovanna Zancopé preferem o portal de vendas e o atendimento da operadora, com quem atuam desde sua fundação, há sete anos. "Mas a unificação de produtos será muito positiva, já que o portal é um dos melhores do mercado hoje. Juntar a expertise de uma operadora em franco crescimento com uma de tradição no Turismo parece uma ideia excepcional", conclui Edilaine.