Embratur propõe livre circulação com Argentina para crescer fluxo
Sócio da Invertur, que trabalhou nos últimos 3 anos no ministério de Turismo argentino, propõe livre circulação com o Brasil, e ganha apoio de Teté Bezerra (Embratur) e Vinicius Lummertz (MTur)
Os argentinos compreendem quase 40% do total de turistas internacionais no Brasil. Na Argentina, os brasileiros são 20% dos estrangeiros. Por que não, então, uma livre circulação entre os dois países?
Quem defende a proposta é Ramiro Alem, que trabalhou nos últimos três anos no Ministério do Turismo argentino e hoje é um dos sócios da Invertur, empresa que realiza projetos de Turismo sustentáveis e rentáveis para economias regionais argentinas. O executivo levantou a ideia durante o Seminário Investe São Paulo, que aconteceu hoje, em São Paulo
O argumento é pautado em algo que já funciona na União Europeia: o trânsito livre entre os países como meio de aumentar a conexão cultural e os negócios entre duas nações. “E não é só para viajar a lazer não, embora seja óbvio o quanto os argentinos amam as praias brasileiras, mas também empresários, viajantes de negócios, com poder de aumentar as relações comerciais Brasil-Argentina", destacou.
Ramiro Alem não se posicionou sozinho no assunto, e ganhou dois apoios de peso no evento: da presidente da Embratur, Teté Bezerra, e até do ministro do Turismo Vinicius Lummertz, ambos participando do último painel junto do argentino.
Enquanto o ministro concordou que seria uma boa opção, Teté foi além, e deixou a questão para o próximo presidente: “É uma proposta bem interessante, principalmente porque estamos em eleição, então fica a questão para o próximo governo."
"Mas o fluxo já é tão grande entre os dois países, que faz completo sentido termos ao menos uma facilitação na troca turística”, comentou a presidente da Embratur ao Portal PANROTAS, lembrando que as reformas beneficiariam outros setores além do Turismo, sendo inclusive fundamentais para destravar a economia entre ambas as nações.
“Claro que isso pode levar um tempo, cada país tem sua própria visão política, o Itamaraty precisa aprovar, mas por que não?”, refletiu, por fim, Ramiro Alem.