Por que morar em hotel pode se fortalecer como tendência?

Visto como tendência tanto no mercado de hoteleiro como no de moradia, a hospedagem de longa permanência, ou long stay, tem gerado soluções para quem opta pela prática e dúvidas para quem ainda não entendeu as minúcias da modalidade. Considerando a alta na procura por esse tipo de negociação, a Stay, empresa de hospitalidade que atua em Goiânia, lançou uma breve análise desse mercado e pontuou quais características podem fazer dele vantajoso, tanto para o hotel como para o hóspede.

"Os conceitos de hóspede e morador, por muito tempo, foram opostos. No entanto, as novas demandas e as variadas formas de morar têm aproximado os termos. A indústria hoteleira percebeu que há uma necessidade diferente no mercado e que algumas pessoas agora optam por estabelecer residência em um quarto de hotel", contextualiza a análise de mercado da Stay.

Para entender o assunto, dizem os representantes da empresa que já tem alguns investimentos no nicho, o ponto de partida é saber que o público que adota o hotel como lar é heterogêneo. "Inclui estudantes, executivos, recém-casados e pessoas que acabaram de se divorciar. Os motivos também são variados. Há quem opte pelo formato de residência pensando na economia que pode ser gerada com aluguel convencional, contas de água, luz, internet e limpeza. Além de fugir da burocracia de uma locação tradicional", aponta.

Tendo em mente que o perfil do cliente á variado, o relatório sugere que se pense em que tipo de hotel pode ser o mais adequado para entrar nesse tipo de negócio. E aqueles que procuram aumentar sua margem de lucro tem sido os que mais aceitam o desafio. "A modalidade pode funcionar como alternativa para que o
estabelecimento mantenha a taxa de ocupação em níveis elevados em todos os períodos do ano", sugere o artigo.

A Stay lembra que, por todo o Brasil, diversos hotéis tiveram que fechar as portas porque não se adaptaram às novas práticas de mercado. "Há, no entanto, empreendimentos hoteleiros que seguem uma das tendências mais modernas, o conceito de hotel-residência. O hóspede-morador encontra o conforto de um lar com as facilidades de um hotel", diz.

Head de Hospitalidade, Vendas e Marketing da Stay e também com experiência no ramo da hotelaria convencional, Vanessa Pires Morales afirma que o formato de hotel-residência aponta para uma dinâmica em que ganha o estabelecimento e também o hóspede. “A modalidade cai como uma luva para os hotéis que enfrentam a problemática de quartos vazios, principalmente fora de altas temporadas. Para o cliente, significa comodidade, praticidade e a ausência de burocracia na hora de alugar uma moradia. Ele encontra algo bem personalizado e bem desenhado, tanto em serviço, quanto em estrutura", detalha.

VANTAGENS PARA HÓSPEDE E HOTEL

Na balança dos prós e contras e de quem leva maior vantagem nessa relação, o relatório aponta algumas obviedades e também aspectos pouco pensados mas que podem fazer a diferença. Veja na tabela:

PARA QUEM É DO RAMO

De acordo com a profissional em hotelaria, Márcia de Souza Costa Guimarães, a tendência de residência em hotel é mais forte nas grandes cidades. "As pessoas querem praticidade e, em muitos casos, precisam se ausentar da cidade onde moram por seis meses ou um ano por motivos de trabalho e querem fugir da burocracia da locação tradicional. Daí encontram na hotelaria uma solução que oferece uma série de confortos para a rotina corrida das cidades”, explica.

Márcia aponta que alguns empreendimentos captaram há tempos essa movimentação de mercado e já estão sendo construídos para atender a essa demanda. São condomínios com lavanderia autônoma, em que o próprio hóspede consegue lavar sua roupa.

Além disso, os quartos oferecem uma mini-cozinha equipada para que a pessoa possa preparar alguma refeição.

* Notícia atualizada em 27/09/2022