Latinos desejam viagens rápidas e mudanças em hotéis
Estudo de Oracle e Skift mostra que empreendimentos já estão se adaptando à nova realidade
De acordo com o estudo global "A data-driven look at hospitality's recovery" da Oracle e Skift, cerca de 38% dos latino-americanos se sentem confortáveis em viajar nos próximos três a seis meses. No entanto, as pessoas estão optando por viagens curtas de carro (50%) ou domésticas (37%). Com tantas incertezas pela frente, os consumidores também estão exigindo acesso rápido ao serviço de atendimento ao cliente para gerenciar alterações/cancelamentos e reservas (74%) e políticas flexíveis de cancelamento/reembolso (66%).
Ainda nesse cenário, os latino-americanos consideram como importante que os hotéis compartilhem procedimentos de segurança em relação ao vírus (86%), tenham regras de distanciamento social em espaços públicos (84%) e serviços com tecnologia sem contato (68%). Além disso, os entrevistados ressaltam que os hotéis precisam aumentar a frequência dos procedimentos de limpeza e desinfecção (69%), medir a temperatura dos hóspedes no check-in (40%) e ter áreas comuns adaptadas ao distanciamento social (35%).
Para o diretor sênior de Hospitalidade da Oracle Hospitality para América Latina e Caribe, Christian Guinzburg, a tecnologia continua a ser uma aliada na proteção à vida dos viajantes e funcionários do setor de hospitalidade. "A segurança continua sendo uma prioridade para os consumidores ao considerarem viagens e o mercado está usando tecnologia para facilitar o distanciamento social e reduzir a interação pessoal para proteger os hóspedes", disse.
NOVAS DEMANDAS NA HOTELARIA
Com políticas de distanciamento social e novas medidas de segurança, os hotéis receberão novos tipos de viajantes, aumentando a demanda para promover uma experiência positiva. Segundo o levantamento, cerca de 19% dos hóspedes viajarão em grupos e 17% viajarão a lazer nos próximos três a seis meses. Já no próximo ano, os hotéis estimam que a maioria das pessoas farão viagens a lazer (15%) e domésticas (10%).Para atender às novas demandas, 57% dos proprietários de hotéis relatam que já estão criando políticas de cancelamento e reembolso mais flexíveis. Muitos hotéis também estão limitando o número de hóspedes no elevador (47%), incentivando-os a pedir comida e bebida em sites (43%), ajustando temporariamente a carga horária da equipe (70%), promovendo o uso de máscara (60%) e alterando os procedimentos de limpeza (57%). Além disso, os empreendimentos cogitam ampliar as opções de entrega de alimentos (54%) e oferecer quartos gratuitos aos profissionais de saúde (38%).