Filip Calixto   |   07/05/2020 15:29
Atualizada em 07/05/2020 15:33

O aprendizado das redes hoteleiras durante a pandemia

Hoteleiros falaram na mais recente live Check Point, no portal PANROTAS.

Emerson Souza
Chieko Aoki, da Blue Tree, foi uma das participantes na live de hoje
Chieko Aoki, da Blue Tree, foi uma das participantes na live de hoje
Com grande parte da sua oferta inoperante para acatar medidas de isolamento social, a hotelaria deve voltar com práticas renovadas, principalmente, no ponto de vista do atendimento. Pelo menos é nisso que acreditam os profissionais da área que participaram hoje (7) da live Check Point no portal PANROTAS. Entre os temas da conversa, os convidados citaram as heranças da crise, o que veio para ficar e o que deve passar com a retomada da atividade.

Fundadora e presidente da Blue Tree Hotels, Chieko Aoki reputa a melhor utilização da tecnologia como a principal lição tirada do período e como ferramenta que vai permanecer. "Já estávamos num processo de entrada no mundo da tecnologia, o que foi acelerado com a situação. Isso nos traz benefícios na comunicação e, ao mesmo tempo, reforça a importância do contato humano", pontua a empresária. Ela cita ainda algumas outras lições do período como o crescimento do espírito de cuidado com o outro e a atenção maior com as pessoas.

Já para o diretor Vendas e Marketing do Dom Pedro Hotels & Golf Colection, Pedro Ribeiro, há uma tendência de digitalização nos processos hoteleiros que deve ser irreversível. De acordo com o executivo, além dos processos de check-in e check-out tornarem-se cada vez mais tecnológicos, há espeço para menus online em restaurantes e outras práticas nesse sentido.

Marcelo Marinho, da rede Intercity, acredita que o resultado do período de isolamento é uma vontade reprimida e crescente de viajar. "As viagens são hoje um desejo reprimido e isso virá muito forte quando a crise passar", opina. De acordo com o gestor, já em 2021, o mercado de viagens deve estar aquecido de novo e a volta se dará de maneira gradual: "Devem voltar primeiro a procura por destinos regionais e em seguidos pelos nacionais", diz.

Os cuidados com higiene, segurança e a união do setor serão a herança do período para o diretor do Club Med Brasil, Tiago Varalli. "De forma geral, o que veio para ficar são coisas como os cuidados com higiene, segurança, atendimento, personalização e a humanização de tecnologia", diz. "O que também deve ficar é a união do setor do Turismo, respeito entre players, fornecedores, trade e a valorização da paixão por viajar", completa.

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