Como e quando será a retomada da hotelaria no Brasil?
Hoteleiros apontaram tendências para a atividade e como atuam no momento.
Especificando o momento que atravessam e projetando a retomada das atividades do Turismo e na hotelaria, aconteceu nesta quinta-feira, 7, mais uma live da série Check Point, da PANROTAS e Imaginadora, com apoio da R1. O bate-papo trouxe as visões da presidente da Blue Tree Hotels, Chieko Aoki, do diretor executivo do InterCity Hotel Group, Marcelo Marinho, do diretor Vendas e Marketing do Dom Pedro Hotels & Golf Colection, Pedro Ribeiro, e do diretor do Club Med Brasil, Tiago Varalli. A mediação foi do editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade.
Representantes de redes, os convidados pormenorizaram as medidas adotadas em cada marca, os fechamentos temporários e reaberturas programadas. Com 70 resorts distribuídos pelo mundo, o Club Med adotou a política de fechamento e permaneceu monitorando a evolução da doença, segundo comenta o Varalli. "Chegamos a ter todas as propriedades fechadas bem na época em que completávamos 70 anos. Hoje já temos quatro unidades abertas, todas na China, e temos notado boa ocupação e procura, com alguns fim de semana com 100% de ocupação", informa.
Rede com seis hotéis em Portugal e um no Brasil - além dos campos de golfe -, a Dom Pedro Hotels também optou pelo bloqueio das suas propriedades, o que vigora desde a primeira quinzena de março. A rede, entretanto, já realizou algumas experiências de reaberturas pontuais e começa a planejar voltas definitivas no Velho Continente. "Amanhã (8) reabriremos um dos campos de golfe e planejamos para o final de junho a retomada em alguns hotéis no Algarve. Com a situação sanitária controlada em Portugal, é que, entre junho e julho reativemos 90% da operação", revela Ribeiro.
Na propriedade brasileira, também ocorreu uma experiência de reativação. "Abrimos o resort no Ceará, com 50% da capacidade e aplicação de medidas de distanciamento, no feriado de 1º de maio e correu tudo bem", comenta. Com a proximidade de Fortaleza, a empresa optou por seguir as recomendações de lockdown e ainda não tem previsão de abertura.
Com predominância de hotéis corporativos no portfólio, a Blue Tree manteve três hotéis funcionando entre os 16 que gerencia. As unidades de Brasília, Bauru e Santo André foram mantidas em operação pois ficam próximas a hospitais e tem condôminos, além de terem sua viabilidade financeira constatada. "Nos estruturamos para esses fechamentos e tomamos a decisão pensando na saúde financeira da empresa e na dos colaboradores e clientes", assegura a fundadora da rede.
Já na Intercity, o número de hotéis que mantiveram sua operação chegam a dez dos 43 da marca. Para eleger os que permaneciam abertos ou não, a empresa ponderou aspectos como a preservação da saúde financeira dos investidores, viabilidade econômica de um hotel aberto com baixa ocupação e a proximidade de aeroportos e hospitais. De acordo com Marcelo Marinho, o plano de contingência da empresa foi preparado para uma situação de exceção que dure 90 dias e houve negociação com funcionários para reduções em jornada e salário, levando em conta as medidas provisórias criadas pelo governo federal.
TENDÊNCIAS
Pensando na realidade que o mercado pode impor no pós-crise, os gestores apostam no mercado nacional para reaquecer a atividade. "Pessoalmente, essa realidade me lembra muito o que vivi nos Estados Unidos, no 11 de setembro. Nesse período vi uma forte campanha de viagens afetivas e de curta duração. Creio que aqui veremos isso também. Viagens com até três horas de duração, num raio de 500 quilômetros", afirma Marinho.
O diretor Vendas e Marketing do Dom Pedro Hotels endossa a opinião e acrescenta que, para os hotéis, é importante que se transmita a sensação de segurança para trazer o cliente de volta. "Aqui em Portugal, foi lançado o selo turístico, que vai valer para hotéis com procedimentos de higienização fiscalizados pelo governo. Isso vai ser essencial nesse início", exemplifica. "Depois vão existir novas fases, com a diminuição da ocupação de salas de reuniões e, quem sabe com eventos híbridos, feitos com boa participação de interatividade", aponta.
Mais uma tendência apontada durante a live foi a da adoção de protocolos mais rígidos de higienização e limpeza. Sobre esse aspecto, Chieko Aoki comenta que, a rede gerida por ela criou um manual de boas práticas (que está disponível no site da rede) para aplicar nos hotéis. "Para nós é muito importante que o cliente se sinta seguro.
Para o diretor do Club Med Brasil, o que virá como tendência já está em implementação nos resorts da rede, que tem o all inclusive como marca registrada. "Nos restaurantes, por exemplo, o bufê terá um procedimento moais rigoroso e, nesse primeiro momento, vai ter o serviço feito pela equipe", aponta.
Representantes de redes, os convidados pormenorizaram as medidas adotadas em cada marca, os fechamentos temporários e reaberturas programadas. Com 70 resorts distribuídos pelo mundo, o Club Med adotou a política de fechamento e permaneceu monitorando a evolução da doença, segundo comenta o Varalli. "Chegamos a ter todas as propriedades fechadas bem na época em que completávamos 70 anos. Hoje já temos quatro unidades abertas, todas na China, e temos notado boa ocupação e procura, com alguns fim de semana com 100% de ocupação", informa.
Rede com seis hotéis em Portugal e um no Brasil - além dos campos de golfe -, a Dom Pedro Hotels também optou pelo bloqueio das suas propriedades, o que vigora desde a primeira quinzena de março. A rede, entretanto, já realizou algumas experiências de reaberturas pontuais e começa a planejar voltas definitivas no Velho Continente. "Amanhã (8) reabriremos um dos campos de golfe e planejamos para o final de junho a retomada em alguns hotéis no Algarve. Com a situação sanitária controlada em Portugal, é que, entre junho e julho reativemos 90% da operação", revela Ribeiro.
Na propriedade brasileira, também ocorreu uma experiência de reativação. "Abrimos o resort no Ceará, com 50% da capacidade e aplicação de medidas de distanciamento, no feriado de 1º de maio e correu tudo bem", comenta. Com a proximidade de Fortaleza, a empresa optou por seguir as recomendações de lockdown e ainda não tem previsão de abertura.
Com predominância de hotéis corporativos no portfólio, a Blue Tree manteve três hotéis funcionando entre os 16 que gerencia. As unidades de Brasília, Bauru e Santo André foram mantidas em operação pois ficam próximas a hospitais e tem condôminos, além de terem sua viabilidade financeira constatada. "Nos estruturamos para esses fechamentos e tomamos a decisão pensando na saúde financeira da empresa e na dos colaboradores e clientes", assegura a fundadora da rede.
Já na Intercity, o número de hotéis que mantiveram sua operação chegam a dez dos 43 da marca. Para eleger os que permaneciam abertos ou não, a empresa ponderou aspectos como a preservação da saúde financeira dos investidores, viabilidade econômica de um hotel aberto com baixa ocupação e a proximidade de aeroportos e hospitais. De acordo com Marcelo Marinho, o plano de contingência da empresa foi preparado para uma situação de exceção que dure 90 dias e houve negociação com funcionários para reduções em jornada e salário, levando em conta as medidas provisórias criadas pelo governo federal.
TENDÊNCIAS
Pensando na realidade que o mercado pode impor no pós-crise, os gestores apostam no mercado nacional para reaquecer a atividade. "Pessoalmente, essa realidade me lembra muito o que vivi nos Estados Unidos, no 11 de setembro. Nesse período vi uma forte campanha de viagens afetivas e de curta duração. Creio que aqui veremos isso também. Viagens com até três horas de duração, num raio de 500 quilômetros", afirma Marinho.
O diretor Vendas e Marketing do Dom Pedro Hotels endossa a opinião e acrescenta que, para os hotéis, é importante que se transmita a sensação de segurança para trazer o cliente de volta. "Aqui em Portugal, foi lançado o selo turístico, que vai valer para hotéis com procedimentos de higienização fiscalizados pelo governo. Isso vai ser essencial nesse início", exemplifica. "Depois vão existir novas fases, com a diminuição da ocupação de salas de reuniões e, quem sabe com eventos híbridos, feitos com boa participação de interatividade", aponta.
Mais uma tendência apontada durante a live foi a da adoção de protocolos mais rígidos de higienização e limpeza. Sobre esse aspecto, Chieko Aoki comenta que, a rede gerida por ela criou um manual de boas práticas (que está disponível no site da rede) para aplicar nos hotéis. "Para nós é muito importante que o cliente se sinta seguro.
Para o diretor do Club Med Brasil, o que virá como tendência já está em implementação nos resorts da rede, que tem o all inclusive como marca registrada. "Nos restaurantes, por exemplo, o bufê terá um procedimento moais rigoroso e, nesse primeiro momento, vai ter o serviço feito pela equipe", aponta.